dúvida científica
29/Jan/2008 @ 12:35 Eu

Toda a gente sabe o que é um peido, ou traque. É uma ventosidade anal que uma vez expelida, solta um som e algum mau cheiro. Em certas culturas como a nossa, é socialmente mal visto dar-se um peido em público. Se for na primeira visita a casa dos pais da namorada é um descalabro, se for em casa os putos riem-se à brava.
É difícil um gajo dar um peido em público e não ser imediatamente identificado. É-se imediatamente alvo de risinhos com a mão a tapar a boca. Por outro lado, se formos a caminhar na rua e nos peidarmos, continuamos em frente, não desviamos o olhar para lado nenhum e viramos imediatamente para a esquina mais próxima.

Por outro lado, temos a bufa. A dita, ao contrário do peido, não faz barulho e espalha um fedor horroroso por muitos metros cúbicos à nossa volta. A quantidade de compostos sulforosos libertados ultrapassam largamente as ppm por m3 recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. Com a bufa, já é mais fácil escapar aos radares nazais à nossa volta. Basta largá-la, mudarmos imediatamente uns metros de um sítio para o outro e deixar as culpas para um incauto qualquer.

Agora a dúvida científica (sim, que isto é um artigo sério): Se tanto no peido como na bufa temos gases que vêm dos intestinos até sairem pelo olho do cu, porque é que o primeiro provoca um ruído e a segunda não ? Eu não percebo nada de anatomia, mas sei umas coisas de Física. Para se gerar um som, é necessário provocar ondas sonoras que se propaguem pelo ar, por exemplo com uma vibração. Então o que se passa ? Os gases percorrem caminhos diferentes para o peido e para a bufa ? Não faço ideia. Estou completamente às escuras nesta anal dúvida científica.

Alguém tem a resposta para esta pertinente questão ?

-MG
rss 8 pás de carvão
  1. 29/Jan/2008 | 15:37

    O som é produzido pela vibração do esfíncter anal (músculo que controla a abrertura/fecho do orifício anal). A frequência (nota) e amplitude do som dependem maioritariamente da rigidez e forma do esfíncter e da velocidade com que os gases saem. Para a mesma forma e rigidez do esfíncter, quanto mais rapidamente sair o gás, mais agudo será o som. Cada configuração do esfíncter (forma e rigidez) terá uma frequência para a qual a amplitude do som será máxima (a frequência de ressonância).

    Resumindo: o barulho depende maioritariamente da força com que os gases são expelidos e o tom (grave/agudo) da configuração do esfíncter. Daí podermos controlar a melodia com movimentos de pernas (que influenciam a configuração do esfíncter).

    Satisfeitos?

    P.S. - Eu sou engenheiro. Não obstante, sei que esta explicação poderá ser alvo de ataques fulminantes mas infundados. Aceito correcções menores e até desenvolvimentos insignificantes. Quanto ao resto, só digo uma coisa: Tou-me a cagar!


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  2. 29/Jan/2008 | 15:47

    @João Esquecido. Pois, a minha formação é em Física e quanto ao barulho calculava obviamente que fosse algo que vibrasse.

    Contuda, persiste a pergunta: porque não produzem ruído as bufas ?


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  3. 29/Jan/2008 | 17:06

    Depois da explicação científica tenho a declarar que o barulho também pode ser derivado das bimbas do cú. Quando se está sentado e se quer disfarçar muitas da vezes os glúteos desempenham um especial papel no toca-a-fugir-daqui-para-fora-que-vai-haver-merda…

    Quanto à tua questão existencial também não sei mas aventava a hipótese de, face à grande concentração de mau cheiro, este poder vir acompanhado com algum tipo de lubrificante… =8-(

    @braço.


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  4. Carlos
    29/Jan/2008 | 18:28

    Quando se comem menos fibras pode haver acumulação de gases que quando encontram uma brecha tendem a escapar violentamente (com ruído). Se a dieta contiver muita fibra normalmente não há acumulação de gas, pois haverá permiabilidade, excepto se não desejarmos expelir gas e fecharmos o esfincter.


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  5. Carlos
    29/Jan/2008 | 18:32

    Já agora uma dieta rica em fibra aumenta também a produção de gás.

    Não viste a exposição knojo do museu da ciência viva.


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  6. 29/Jan/2008 | 19:46

    Peço perdão por não ter respondido directamente à questão. Com a dissertação acima pertendia concluir que:

    As bufas não se ouvem porque a velocidade de expulsão do gás não é a suficiente e/ou a configuração do esfíncter (rigidez e forma) não é propícia à sua vibração no momento da expulsão.

    Tenho dito.

    Além disso, aproveito para expressar a minha profunda convicção de que a crença que o cheiro das bufas é pior do que o dos peidos é um mito. Admito, porém, que o cheiro das bufas pode ficar mais concentrado (mais localizado) visto a velocidade de expulsão do gás nessa situação não fomentar a sua rápida diluição na atmosfera circundante. A meu ver, o cheiro do gás apenas se deve à alimentação e à flora intestinal.


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  7. 29/Jan/2008 | 19:48

    E com esta brincadeira fiz disparar as visitas ao meu blog!… Ena! Um grande bem-haja para todos e saúdinha, que é o que é preciso.


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  8. 30/Jan/2008 | 14:55

    Além de que fazem um espectáculo pirotécnico bem bonito.
    Os peidos, claro.
    Nunca experimentei um isqueiro com uma bufa…

    @braço.


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atira-lhe uma pá de carvão

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