haruki murakami
15/Out/2008 @ 12:10 Livros

Só há pouco tempo, me decidi a descobrir este autor, Haruki Murakami.
Japonês, nascido em Quioto em 1949, é hoje um nome incontornável da Literatura mundial.

Penso que foi o New York Times que lhe chamou o David Lynch da Literatura, mas para mim, seria mais adequado chamar-lhe o Tim Burton. Se é que estas comparações fazem algum sentido, bem entendido.
De facto, os livros de Murakami perspassam mais pelo universo onírico de Tim Burton do que pela insanidade (às vezes sem sentido) de David Lynch.

Os livros de Murakami são estranhos, pelo menos para mim que estou mais ligado à Literatura portuguesa e latino-americana. Não gasta páginas a descrever cheiros, atmosferas, personagens. Nos seus livros, estes entram de rompante e vão sendo descobertos da primeira à última página.
Não escreve, por exemplo, com o requinte de Gabriel Garcia Marquez ou – porque não – de um António Lobo Antunes. É a história e o modo muito particular como é narrada que nos prende e de vez em quando nos vai surpreendendo. São coisas mais ou menos surreais, o homem que se apaixona por uma mulher por causa das suas orelhas, o carneiro que encarna em homens, o amigo que já morreu mas está a falar com ele.

Possui imensas influências literárias e musicais dos Estados Unidos. É comum as personagens referirem-se a autores e músicos de Jazz americanos.
De um modo geral, as suas personagens bebem muita cerveja e fumam muito.

Os livros normalmente não têm um final bem definido. Ficam como em suspenso ou dão uma volta e fica tudo como está no início.

Em 1986, muda-se para os Estados Unidos onde foi leitor na Universidade de Princeton, regresssando ao Japão alguns anos e três livros mais tarde.
Em 2007, tournou-se Doutor Honoris Causa pela Universidade de Liège e em 2008 pela de Princeton.

Dos vários livros que já li dele, talvez o meu preferido seja Em Busca Do Carneiro Perdido.
O Sputnik, Meu amor, também é excelente e, se quiserem experimentar este autor, comprem a última edição da revista Sábado. Este livro vem com ela por apenas um euro a mais. Se não gostarem, não é grande o prejuízo.

-MG
rss 1 pá de carvão
  1. Tomás
    16/Out/2008 | 18:05

    Tropecei no seu blog sem querer e acabei dando de cara com um post sobre um dos meus autores contemporâneos favoritos, senão o favorito. :D
    Meus livros preferidos dele são The Wind-Up Bird Chronicle e Norwegian Wood, embora Sputnik Sweetheart também seja uma leitura bastante agradável (em especial a parte da roda-gigante).

    Um abraço do Brasil!


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atira-lhe uma pá de carvão

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