Toda a gente sabe o que é uma one hit band. Uma editora pega em meia-dúzia de caramelos pimbalhotes (ou caramelas, também dá), faz-lhes uma música orelhuda para os adolescentes, os computadores afinam as vozes e o resto é marketing. Passado o primeiro álbum, nunca mais se ouve falar de tal gente.
Contudo, também há casos de boa música que desaparece após o primeiro álbum. Por exemplo, o segundo álbum da Norah Jones afundou-se muito mais no Jazz do que o primeiro e o público que na generalidade não vai à bola com tal estilo, comprou-o em muito menor quantidade.
Já noutros casos, como o dos Maroon 5, acontecem por o segundo álbum ser mais do mesmo.
Mas queria aqui falar dos Turin Brakes, aparecidos em 2001 com o seu álbum de estreia The Optimist LP. Excelente música, pertencente ao chamado movimento britânico quietcore, onde o Folk se encontra com a Pop.
O álbum era delicado, mas desapaixonado e ao mesmo tempo andrógeno, com referências à ecologia e anti-corporativo.
Depois disso, lançaram mais dois – Jackinabox e Dark On Fire – dois excelentes álbuns também, mas que cairam completamente no anonimato. É pena.
Deixo-vos com The Door e Emergency 72.