Com certeza, muitos de vós reconhecem o Sr. da foto ao lado – o novo director de programação da SIC. Os mais novos só o conhecerão de há pouco tempo, mas eu que já vou a caminho da 3ª idade :P, “conheço-o” desde o princípio da sua carreira.
Em 1987, quando passei para o 12º ano, resolvi estudar à noite e trabalhar de dia. Andei um ano inteiro a trabalhar para pagar uma aparelhagem de som só com amplificador, duas colunas e um leitor de CD. Topo de gama. 400 contos na altura (2000 euros), uma verdadeira fortuna. Fui a primeira pessoa que “conheci” a ter um leitor de CD.
Adiante… chegava de noite a casa vindo das aulas cerca das 23:30, mas não ia logo dormir. Fazia o sacrifício de esperar meia-hora por um programa da Rádio Comercial que começava à meia-noite e acabava à uma da manhã para ouvir nos auscultadores a excelente música que passava. No dia seguinte, tinha que me levantar às sete da matina, mas valia a pena.
O programa não tinha nome. Ou melhor, o nome era o do patrocinador. Chamava-se Espaço Akai.
O locutor raramente falava. Apresentava uma ou outra música e de vez enquanto dizia “Akai, uma garantia de futuro”. Mas tinha uma voz que era brutal. Não era aquela voz FM tipo Som da Frente ou Oceano Pacífico, mas era uma voz incrível.
Lembro-me de na altura pensar que aquele rapaz ia longe. Chamava-se Nuno Santos.
Depois desse ano entrei para a Universidade e deixei de o ouvir, até anos mais tarde em que lhe reconheci a voz a apresentar a programação da SIC, logo nos primórdios.
Não tenho bem a certeza, penso que ele ainda apresentou uns telejornais na SIC, mas não posso garantir.
E eis que um dia chega a director de programação da RTP onde fez um excelente trabalho e agora tem o mesmo cargo na SIC.
Sem dúvida que chegou longe.
Ahahah, até parecia que estava a ler a minha “auto-biografia.”
Também eu reservei os primeiros ordenados para estourar num amp + colunas + CD e terá andado também por esses valores.
Lembro-me que teve que ser aos poucos, ao longe de alguns meses.
E era um dilema escolher a ordem de compra: pois aquilo so tinha interesse quando tudo completo.
Optei pelo amp, depois pelas colunas, (e ja ia dando para ouvir os LPs) e depois la veio o CD player (e eu já tinha meia duzia de CDs, que tinha começado a acumular bem antes de sequer ter hipotese de comprar um leitor)
Mas a prova de que bom material vale sempre a pena, ainda hoje o AMP funciona perfeitamente, e as colunas ainda servem (e sobram) para o sistema 5.1 como coluna esquerda e direita.
Quanto ao Sr.Nuno Santos, aproveito também para lhe dar os parabéns visto ter sido pai à pouco tempo e desejar toda a sorte do mundo.
A usar Mozilla Firefox 3.0.3 em Windows XP
Eu passei 10 cheques pré-datados de cerca de 40 contos cada um, que era mais ou menos o que eu ganhava. Foi um ano a trabalhar mesmo só para pagar a aparelhagem. Era receber o cheque da empresa e entregar na loja. Sabem lá os putos hoje me dia o que é isso. Cai-lhes tudo do céu.
Mas valeu bem a pena. A qualidade do som ainda hoje é brutal.
Duas colunas em excelente madeira com graves, médios e agudos e uma coluna de ar que dava para encher balões. Mais os potenciómetros.
O amplificador nem podia com o peso dele e não podia pô-lo a mais de 1/4 do volume sem correr o risco de derrocada da casa :P
Quando veio para casa, ainda tive que correr 2 ou 3 lojas de discos para poder comprar CDs, quase ainda não haviam há venda.
Acabei por conseguir comprar o The Wall dos Pink Floyd, o Radio Kaos do Roger Waters e o primeiro disco da Suzanne Vega.
Foram os primeiros CDs da minha vida. Bons tempos.
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Um grande profissional. Com categoria.. e tal foi que levou a RTP ao topo das audiências.. e deu o salto para a SIC.
Levou os Gatos para lá… e agora estão com o mesmo formato na SIC.. a dar RABADAS na RTP.
Enfim..
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