Se há coisa mais reaccionária na nossa herança genética de tugas, são os ditados populares.
E quando digo reaccionária, digo mesmo no sentido político do termo: coisa adversa ao avanço, ao progresso, à modernidade.Deixo-vos com alguns exemplos:
“Grão a grão enche a galinha o papo.”
Completamente ultrapassado, vivemos na época do consumismo desenfreado, de gastar o que se tem e o que não se tem e quando acabar o que não se tem, vai-se ao Totta pedir crédito. Claro está que para o esturrar num instante.
“Depressa e bem, não há quem.”
Pois, tenho que dizer este ao meu chefe quando ele me apertar com os prazos.
“A cavalo dado não se olha o dente.”
É pá, desculpem lá, mas quando me oferecem alguma coisa que não gosto, guardo bem guardadinho para oferecer ao próximo incauto meu conhecido que fizer anos.
“Mulher feia a mim não me convém.”
Desculpem lá, mas já vi muita mulher feia com um corpo capaz de me provocar uma erecção em pleno Metro na hora de ponta, quando a maltosa vai toda apertadinha.
Por isso, da próxima vez que alguém vos vier com a treta de um ditado popular, respondam: isso é coisa de Reaccionários, eu cá voto BE.