Se toda a gente concorda com a proposta de Projecto de Lei do PS [1] que visa regulamentar a indústria do dos piercings e tatuagens a bem da saúde pública (e porque não, individual), houve no entanto muito menino que não parou um minuto para pensar na questão da proíbição de colocação de tais adornos na língua e vá de chamar Fachista ao Governo.
Também podiam ter clamado pelo fim da obrigatoriedade do uso de cinto de segurança ou dos capacetes de moto. Afinal, é da liberdade individual de cada um escolher se quer ficar com a mioleirinha no alcatrão com mais certeza.
A colocação de um piercing na língua é uma intervenção invasiva num órgão, logo, é um acto médico [2], logo, só deve ser efectuada por médicos. Quod erat demonstrandum.
A futura Lei só falha ao não dar aos médicos a possibilidade de efectuarem esta intervenção.
[1]: Não tenho qualquer simpatia partidária e não voto vão para aí uns quinze anos.
[2]: Bastante delicado, por sinal. A cicatrização é complicada, demora um ano com tudo a correr bem e as histórias que acabam nos hospitais são às carradas. Não esquecer que em Portugal, nem os enfermeiros podem dar pontos, só os médicos.
Não consigo formar uma opinião com aquilo que leio nos jornais, sou um gajo com demasiadas dúvidas e poucas certezas. Não creio que por fazerem propostas como estas sejam fascistas ou fascistóides (estão muito longe da proposta feita pelo Director de Polícia Científica do Reino Unido que propõe a recolha de ADN de crianças que potencialmente possam vir a ser adultos criminosos) [parece que nos aproximamos do mundos dos precogs].
Acho que é uma palermice legislar a proíbição de colocação de tatoos (maquilhagem permanente) e piercings em menores. Todos temos os nossos dias para a estupidez. Os pais devem exercer os seus deveres parentais protegendo os menores. Quanto à criação de legislação para os estabelecimentos que exerção a actividade acho que estamos no reino da legislite.
Se o argumento de sustentação para a lei fosse o da saúde pública teriamos um projecto lei a proíbir de todo o tabaco, o ser-se gordo, o…
A minha visão aproxima-se da do Mário Valente, estou farto de ver o estado a agir como se fosse o meu paizinho.
nota: O teu sistema de distinção de humanos de máquinas é uma chatice ainda bem que não optaste pelo numbrosia.
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Eu cá, acho o artigo do Mário Valente sobre o assunto, completamente demagogo.
Quanto a “legislite” acerca dos estabelecimentos, acho muito bem. Conheço uma pessoa que apanhou Hepatite B à custa de uma tatuagem.
O tabaco e o ser-se gordo não se pega.
Mas anda tudo apanhado, ou quê ?
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Vê este artigo da Wired em especial o 6º sentido.
Quanto a apanhar-se hepatite lembro-me de alguém que trabalhava numa empresa de recolha de cartão que também a apanhou e não me lembro de ter sido legislado nada de específico quanto a esse tipo de empresas (felizmente). A empresa passou a disponibilizar aos seus funcionários melhor protecção pessoal.
Parece que ninguém acha que a autoregulação seja algo que valha a pena explorar, acho no mínimo estranho.
A tua visão é claramente de uma maior intervenção do estado quer na vida pública quer na privada. A minha é a da limitação da esfera da actuação do estado. A visão do Mário Valente como sempre anda lá pelos extremos.
Quanto à gordura não se pegar é verdade, mas os comportamentos são transmitidos (fumar, comer de mais, ser demasiado sedentário, etc, etc).
Volto a dizer, acho que haveria outras coisas onde investir o tempo dos deputados (e nosso) do que estar a discutir piercings.
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o link é: http://blog.wired.com/business/2008/03/etech-second-en.html
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Mais um que diz que nao vota com orgulho…
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@Antonio: Não é com orgulho, é com desilusão.
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