Todos os dias, no regresso do trabalho, passo por um semáforo numa recta onde se circula com alguma velocidade que há não sei quanto tempo tem as luzes verde e vermelha acesas simultaneamente 24 horas por dia.
Um autêntico perigo, agravado pelo facto de os outros sinais do mesmo cruzamento estarem a funcionar bem, a visibilidade ser reduzida para as outras estradas (também de circulação mais lenta) e haver quem passe a abrir por só repararem na luz verde e outros que quase param porque já sabem como aquilo está.
Bem, há coisa de uma semana atrás, resolvi armar-me em bom cidadão e ligar para a Câmara Municipal a avisar, não fosse eles ainda não terem visto. Depois de ter sido reencaminhado de linha para linha, lá cheguei à fala com alguém do “departamento dos semáforos” a quem expus a situação. Que sim, muito agradecido e que iam imediatamente “analisar a situação”. Hoje, voltei a falar com a pessoa (que não me reconheceu) e que me disse que já outra pessoa tinha telefonado (se calhar, eu) e que iam imediatamente resolver o assunto.
Estou a ver que – como sempre neste país – vai ser preciso alguém magoar-se para que arranjem o raio do semáforo como é costume. Enfim, se eu tivesse menos 15 anos, bem que me pirava para um país digno desse nome. Este já deu o que tinha a dar, se é que alguma vez deu alguma coisa.