Terça-feira, 7 de Agosto de 2007
As Torres Eólicas em Portugal
Vinha eu no Sábado na Auto-Estrada do Norte, a reparar nas torres eólicas e a pensar, tenho que escrever um artigo sobre isto no meu blog.
Pois bem, o meu colega
Obvious adiantou-se, mas aqui vão os meus 2 cents. sobre o assunto à mesma (só li a introdução do artigo do Obvious no Planet Geek, depois de escrever o meu artigo, vou ler o resto a ver se confere).
Ora bem, efectivamente, as torres eólicas de produção de electricidade que estão a surgir como cogumelos no nosso País, são um desastre ambiental, estão a arruinar a nossa paisagem.
Não encontro modo mais suave de dizer isto, tem mesmo que ser pão-pão, queijo-queijo.
Mas o que é mais grave, é que Portugal é um País no qual a produção de energia eléctrica por via eólica não tem qualquer fundamento nem viabilidade.
Por mais parques eólicos que se instalem, Portugal não tem vento suficiente para produzir energia eléctrica por esta via em quantidade sequer... mencionável.
Não, não vale a pena dizer que na minha terrinha faz sempre vento e que as hélices estão sempre a rodar, leiam os relatórios das Agências Internacionais de Energia.
Parques eólicos são
realmente eficientes em locais como os Fiordes Nórdicos, por exemplo.
Isto faz-me lembrar que há cá também (confesso que agora não sei exactamente o local) uma instalação de produção de energia eléctrica pela ondulação do mar.
Mas isto anda tudo doido ? Que sentido faz isto num País no qual durante 8 ou 9 meses por ano temos uma ondulação de 1 a 2 metros ?
O que se passa nestes dois casos, é que Portugal quer agarrar o
cluster destas tecnologias (e no caso do eólico até está a conseguir), o que por si só não é mau.
Entretanto, vai-se é arruinando a paisagem e isso sim, não é bom.
O que interessa discutir é se vale a pena a troca, ou alternativas que não destruam a paisagem.
De
Mário a 9 de Agosto de 2007 às 20:36
As tais torres eólicas, sem dúvida que provocam um impacto negativo nas zonas onde são construídas, mas, a emissão de gases provenientes da queima de petróleo e derivados, provocam um impacto catastrófico no mundo inteiro.
Não estaremos a ser demasiado mesquinhos quando riscamos esta alternativa? Mesmo que tenhamos pouco vento, temos planícies inteiras a desertificar, nomeadamente no Alentejo, que talvez beneficiassem com a construção de um parque eólico, trazendo desenvolvimento, e motivo de atracção turística à região.
Veja-se por exemplo, o Parque Eólico de Vieira do Minho, que através do programa Vieira Viva, possibilita visitas aos mais curiosos.
Não sejamos dogmáticos... Se queremos continuar a viver a vida que vivemos, temos de equacionar todas as hipóteses, e escolher as menos prejudiciais. Ou então desligamos os nossos computadores, e escolhemos a vida de eremita da floresta...
Já agora Mário, belo blog. Parabéns pelo destaque.
Cumprimentos.
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