guitarra
20/Fev/2009 @ 14:05 Eu

Eu sou um apaixonado pela guitarra, sempre fui. Fiz o Curso de Guitarra Clássica no Conservatório (8 anos) em adolescente. No entanto, nunca quis seguir uma carreira de músico erudito, ou de Prof. de Conservatório. Nem nunca sequer tive gosto em actuar perante uma audiência. A única excepção foi uma vez no Teatro Aveirense e porque eram vários músicos em peças e instrumentos diferentes e uns de cada vez. Tipo um Sarau Clássico.

Participei apenas em vários espectáculos ad-hoc, em grupos igualmente ad-hoc. Normalmente, músicas Pop/Rock nos festivais da juventude da minha terrinha. A coisa mais séria em que participei foi num grupo de recolha do cancioneiro regional de Aveiro que durou dois anos. Chamava-se Esteiro Grande, o nome do Esteiro que existe no Forte da Barra. Cantava nesse grupo a Jacinta. Sim, essa mesmo, a nossa hoje menina bonita do Jazz. O mundo é pequeno e nós vivíamos na mesma terrinha.


A tocar o Let’s Get Metaphysical do álbum About Face do David Gilmour num desses festivais, há uns 23 anos.

Ter feito o curso foi para mim e mais ninguém, um acto algo egoísta. Para que pudesse saber tocar minimamente bem guitarra. Era um aluno um bocado rebelde. No sentido em que por exemplo sempre detestei o pedal de apoio para a perna esquerda que se usa na guitarra clássica. Usava-o nas aulas, mas a estudar as peças em casa (e ainda hoje), era com a perna direita cruzada sobre a esquerda. Sempre detestei igualmente as aulas de Solfejo, embora soubesse que eram essenciais. As de Técnicas de Composição eram mais interessantes e o Canto Coral… yuck!.

O que me dá mesmo gozo, é quando me apetece relaxar um pouco pela guitarra, pegar nela em casa, sentar-me e tocar Bach ou VillaLobos, etc. Só para eu ouvir, isso sim. Aprender desde cedo a tocar música por pauta é como andar de bicicleta: depois de se estudar uma peça, fica-se a sabê-la tocar de cor até ao fim dos nossos dias.
Por isso, basta sentar-me e tocar uma que normalmente vem de encontro ao meu estado de espírito no momento.
Uma das minhas preferidas (sem ser particularmente difícil de executar), é o Estudo XVII do Fernando Sôr.

Como é evidente, toco outras coisas e tenho outras guitarras. Por exemplo uma Yamaha de 12 cordas que me convençi a comprar por causa do The Final Cut dos Pink Floyd. Não há som tão cheio numa guitarra como o da de uma de 12 cordas. Pena a corda do Sol fino estar sempre a partir :(

Há uma Fender Stratocaster eléctrica, o modelo igual ao da preta e branca do David Gilmour (embora pense que a Fender lhe faça umas epeciais bem diferentes da minha, excepto no formato e nas cores :P), mas pouco lhe pego.

E há ainda uma Fender semi-acústica que uso para as minhas brincadeiras de improviso e quando me dá na telha que sei tocar Jazz. E aí então é que vão as técnicas todas ao ar :)

O vídeo (se quiserem ver), foi gravado numas férias de Verão. Como é óbvio, é demasiado chamar-lhe Jazz. É apenas puro improviso com um cheirinho.
O acompanhamento de fundo também é meu, previamente gravado num pedal JamMan da DigiTech.
O tic-tac que se ouve é do metrónomo.
O barulho de crianças é cortesia do meu filho e primos que estavam a brincar na piscina :)

Se quiseres, podes ver e ouvir.

Enjoy!

-MG
rss 2 pás de carvão
  1. 10/Mar/2009 | 16:06

    Tenho uma guitarra acústica, andei a aprender aulas de música (foram só alguns dias apenas porque desisti -não tinha condições e skills) e como tal… só sei praticamente abanar as cordas. Tristeza…


    A usar Safari Safari 528.16 em Mac OS Mac OS X
  2. 10/Mar/2009 | 16:08

    Já agora… convido a dar uma espreitadela neste artigo sobre Stephen Hawking e Pink Floyd.

    http://armpauloferreira.blogspot.com/2009/03/musica-da-semana-stephen-hawking-em.html


    A usar Safari Safari 528.16 em Mac OS Mac OS X
atira-lhe uma pá de carvão

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