O ministro da Ciência e Ensino Superior está convencido de que quase não há licenciados desempregados em Portugal, mas não especificou se o trabalho que encontram em qualificado ou se tem relação com a área em que tiveram formação superior.Comentando na Rádio Renascença um relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) sobre o ensino superior, o ministro, Mariano Gago, disse que “quase não há desemprego entre licenciados”.
Segundo Mariano Gago, quase todos os profissionais com formação superior entram no mercado de trabalho durante o ano seguinte ao termo da sua licenciatura.
“O número de profissionais que sai dos cursos superiores todos os anos para o mercado de trabalho não chega e são todos absorvidos pelo mercado”, disse o ministro à Renascença.
in Público
é gago.. o jornalista nao deve ter percebido o que ele disse :D
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Ele disse: “quase não há desemprego entre licenciados”, agora falta saber o que é para ele o “quase”.
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Ó @Gamito, vamos lá perceber as coisas, não podemos generalizar.
Lá porque o gajo é ministro também não precisamos de lhe estar sempre a malhar na cabeça!
O país tem falta de licenciados obviamente, mas é preciso ser inteligente ao ponto de saber a área a escolher e não ir pelo gosto de criança. Se se puder optar por algo que se goste óptimo, senão acho que mais vale seguir a razão que o coração.
Vejamos:
Não há excesso de advogados?
Por ano devem sair (assim a olho) uns 1000 licenciados em direito. E agora o que fazemos? Vamos encerrar todas as faculdades de direito?
Não se pode encerrar porque podem sempre sair bons profissionais de lá (mesmo com concorrência muito apertada ) mas já se sabe que à partida 90% deles vão ficar desempregados.
Isto é uma escolha pessoal, e o ministro (o primeiro e os outros) não têm a culpa de todos os males.
Desculpem a arrogância, mas se um gajo nos dias que correm faz o 12º e vai tirar uma licenciatura para dar aulas (e outras que tal) é um perfeito estúpido (e muito crente).
E a culpa é do ministro claro… que não arranja empregos para todos os infelizes que tiram cursos. Qualquer dia o ministro tem que meter licenciados nos talhos, porque senão há greves e protestos! Enfim…
Exemplo2:
Eu estudo engenharia Electrónica e Telecomunicações na Universidade de Aveiro - sim, é perto daí :P - (embora esteja em Erasmus em Eindhoven) e tenho gajos que estiveram no meu curso 5 anos e por não conseguir passar nem sequer o 2º desistiram e mudaram para cursos da banhada lá na UA. Conclusão: Fizeram os curso nos restantes 5 anos, e são os senhores licenciados…
Moral da história: Nos dias de hoje QUALQUER ESTÚPIDO é licenciado, nem que seja do curso da treta ou que estudem numa universidade da banhada etc…
Portanto não vamos exigir empregos e salários de 1500€ para todos. Há que distinguir os que escolheram algo com futuro e tiveram visão de jogo (ou que foram bons e se distinguiram em áreas muito concorridas) dos fracos que ou fizeram algo muito fácil ou que não tiveram visão de jogo!
Disclaimer:
Não, não só PS ferrenho nem concordo em tudo com as medidas do governo. Mas esta questão do desemprego aborrece-me plenamente porque é uma farsa que os pobres de espírito inventam para lamentar a sua sorte!
Um @braço
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Sim, isso tapar o sol com a peneira também não concordo nada. Há que assumir as coisas e dizer concretamente que há cursos que estão mais que lotados para os quais não há solução de mercado tão cedo.
O Mendirata quando eu andei no 1º e 2º ano ainda lá estava penso, embora não tive aulas com ele. Julgo que está no departamento de Física e não no DET.
O @Diogo Gomes não conheço, e pelo que vi assim de repente parece que é mais virado para as redes, portanto deve ser professor da malta de CT (Computadores e Telemática).
Grande Universidade aquela, grande curso o nosso :)
E graças a Deus (ou ao bom senso dos que estão à frente do nosso curso) que as coisas não são facilitadas e que temos das maiores taxas de empregabilidade / sucesso do país. Ao menos não alargamos as estatísticas :D
Um @braço
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@António Costa: Concordo com o seu comentário. Entrei à dois anos para a a universidade e como é óbvio tive de pensar bem o curso que escolhi. Acabei por escolher Engenharia Mecânica. Desemprego? No meu curso não existe…Se era a isto que o ministro se referia tem razão. Também estudo na UA, e prefiro demorar mais um ou dois anos ou mais se for preciso a tirar um curso que sei que não é fácil, do que tirar uma licenciatura á pistola e passar anos a fio no desemprego. São opções…
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Ora aí está @Tiago, é isso mesmo!
Acho que não se pode chorar que não se tem emprego só porque se foi pela via mais fácil. Se em vez de teres escolhido a UA fosses para outra qualquer da banhada no interior do país sem reputação nenhuma provavelmente farias o curso bem mais rápida e facilmente.
Mas no fim “eras gajo” de não ter a saída e o sucesso que certamente vais ter.
Acho que fizeste muito bem! ;)
Ahh… e não é seu… é teu comentário ;)
Já me deves ter visto por lá de certeza :P
Um @braço
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O ministro só teve um efeito de distorção (ele é especialista em altas energias) nada demasiado grave. Dizer que uma pessoa deve escolher o curso superior por questões de empregabilidade e não por verdadeira paixão pela coisa acho no mínimo de mentalidade excessivamente pragmática.
Acho que só conseguimos ser excelentes naquilo que de facto gostamos.
As faculdades tanto quanto sei ainda não formam advogados mas sim licenciados (e outros títulos académicos) em direito.
Ter um licenciado por exemplo em história, num restaurante temático talvez não fosse assim tão mau como isso. Claro que não se poderia tratar de um restaurante de 20 euros por comensal.
Por vezes as profissões que os licenciados, nos mais diversos ramos podem ter não são tão evidentes como isso como por exemplo a dos fulanos da massa cinzenta ou a dos tipos das produções fictícias.
Mas que o ministro ilidiu a realidade parece que sim!
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@Carlos, não sou apologista de se escolher um futuro só com vista às perspectivas futuras, mas há que pesar tudo.
Nos dias que correm podes entrar numa faculdade com vista a ser professor, mas sabes que ou és muito mas muito bom, ou então vais arder!
Sinceramente acho que mais vale não gostar assim tanto do que se estuda/faz (que não é nem de perto o meu caso) e tirar algo com futuro do que gostar muito do que se estudou e ir trabalhar para as caixas do Jumbo! Sem desprestígio nenhum pela profissão, obviamente.
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