trabalhem malandros
23/Jan/2008 @ 07:21 Sociedade

Mão amiga fez-me chegar à minha mailbox a pergunta se eu não estaria interessado em, por 200 euros, fazer dois pequeninos trabalhos académicos para uma colega. A minha resposta foi “Nem que fossem 1000″.
Este autêntico negócio em que os filhinhos e as filhinhas dos papás ricos encomendam (quantas vezes a professores) trabalhos académicos é um autêntico escândalo e está à vista de todos, basta consultar os placards de anúncios das Faculdades.
Ora eu classifico este negócio (por ambas as partes, comprador e fornecedor) como uma autêntica nojice e que já devia ter sido alvo de investigação pelas autoridades competentes, pois de facto trata-se de uma burla, não sei que outro nome lhe aplicar.
Por outro lado, leva a que tais estudantes(?) não estudem nem trabalhem, sejam uns ignorantes, mas no final, sejam Drs. e Engºs como os outros.

-MG
rss 3 pás de carvão
  1. 23/Jan/2008 | 09:13

    Não podia estar mais de acordo. Uma coisa é uma pessoa pagar para ter explicações de forma a perceber a matéria e depois ser ela própria a raciocinar e trabalhar, outra coisa completamente diferente é pagar para fazerem os seus trabalhos.
    Gostaria de deixar aqui um pequeno texto que frequentemente aparece nos trabalhos/projectos da minha Universidade. “A fraude denota uma grave falta de ética e constitui um comportamento não admissível num estudante do ensino superior e futuro licenciado. Qualquer tentativa de fraude pode levar a anulação da componente prática tanto do facilitador como do prevaricador”.


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  2. 23/Jan/2008 | 12:04

    Este é um dos motivos porque é tão importante perceber o que um candidato a um determinado cargo realmente sabe, não basta olhar para os cursos que o candidato têm.
    Este é um dos problemas que aflige e prejudica bastante algumas empresas, especialmente as grandes empresas onde os departamentos de RH regra geral não têm capacidade para confirmar se determinada entrada no curriculum corresponde a conhecimentos reais.


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  3. 23/Jan/2008 | 14:09

    Também não podia estar mais de acordo. Os alunos que fazem disso uma prática corrente, acabam sempre por serem beneficiados, e sempre sem esforço. Normalmente, os trabalhos práticos não só servem para aplicar os conhecimentos mas também para aprofundá-los. Ora, um indivíduo que não os faz não só não aplica como não desenvolve as suas capacidades. E no fim, e uma vez que o trabalho foi feito por um expert na matéria, tem melhor nota que os demais que realmente se esforçaram. Melhores médias, etc. Hoje em dia a empresas recrutam, muito, pelas médias. O que está claramente errado. A verdade não está na média final, mas sim nos conhecimentos que se têm que demonstrar. O preconceito da média está muito presente no mundo empresarial. Assim, os malandros (como tu lhe chamas) acabam por ter um emprego para a qual não têm capacidades. De foram ficam os que se esforçaram. Existe por aí muito desempregado que tem mais e melhores conhecimentos do que os que estão empregados. O facilitismo compensa?


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atira-lhe uma pá de carvão

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