google com rede nacional móvel nos EUA ?

De acordo com esta notícia, os EUA iniciaram a venda em leilão de cinco frequências óptimas para redes de telemóveis que ficaram livres com a passagem da TV de analógico para digital.
Apesar da recessão, três dos candidatos a uma frequência nacional são a AT&T, a Verizon e… o Google.
A empresa já anunciou que tem os 4,6 biliões de dólares para concorrer, mas que poderá ter que gastar mais 6 na implementação da infra-estrutura.
Mas algo me diz que é uma oportunidade que não vão perder para o Android ou quem sabe, o Android poderá já ter sido desenvolvido a pensar nisto.

cinema, coca-cola e pipocas

Quando vamos assistir a um filme num cinema, temos que gramar a pastilha do spot de sermos tratados como delinquentes sujeitos a três anos de prisão por downloads ilegais de filmes.
Igual a roubar uma carteira, vocês sabem. Como se fosse a mesma coisa.
Agora do outro crime, este sim grave, ninguém fala, mas vou falar eu.
A partir de hoje, sempre que for ao cinema, vou passar a levar comigo um enorme cartaz pintado em tinta fosforescente, que vou desenrolar em frente à tela para todos poderem ler enquanto passa o dito spot, dizendo:

É ilegal assistir a um filme incomodando quem aprecia verdadeiramente a 7ª arte com o barulho de cres-cres de pipocas, e slurps-slurps das palhinhas das Coca-Colas.
É um crime punível com uma pena de cinco chibatadas no hall das salas à saída do filme.

Camónes

Se há coisa que sempre me intrigou nessa espécie avis raras que são os camónes, é o cortejamento. Os camónes não pedem namoro uns aos outros, tentam arranjar modo de conseguir um date com uma camóna.

Um camóne vira-se para uma camóna que anda a galar e pergunta-lhe:
“Dinner tonight ?”

A camóna faz-se rogada (nisto as mulheres são todas iguais):
“Is it dinner-dinner or are you invinting me for a date ?”O camóne responde:
Just dinner.”

Ela diz:
Ok, then.”, mas claro está que a camóna já sabe do que se trata.

E com estes subtis diálogos a coisa fica combinada:
I’ll pick you up at seven.”

Durante o jantar dizem alarvidades (uma das coisas que melhor sabem os camónes fazer) e no final, o camóne leva a camóna a casa, como mandam as regras.
Ora aqui chegados, estamos num ponto crucial, que é saber se a camóna convida ou não o camóne a entrar.
Se não convidar, o camóne lá vai ter que ir para casa com o rabinho entre as pernas.
Contudo, se ela lhe der um beijo, quer dizer que nem tudo está perdido, uma espécie de fica para a próxima e mais dates se seguirão.
Se convidar, meu amigos, tudo pode acontecer. Desde uma boa noite de sexo até à camóna ir no dia seguinte fazer queixa à Polícia que foi violada e arranjar um desses advogados camónes que trabalham à comissão da indemnização para embolsar uma carrada de dólares à conta do pató.

Por outro lado, há mais regras nesta coisa do dating. Por exemplo, há camónas que têm como máxima:
I never get laid on a first date“.
Como sempre, há outras que é sempre a aviar.

Por cá, é tudo muito mais simples, começa-se numa noite de copos e acabam-se dois corpos juntos de manhã na mesma cama, sem que qualquer um deles se lembre do que quer que seja do se passou.

Ah, as delícias de se ser latino :)

Vícios

Tenho para mim uma máxima que é, “O somatório dos vicíos de um homem é uma constante.” Ora vem isto a propósito de andar a pensar em abandonar o vício do tabaco, mas a minha máxima, qual trauma de infância, bloqueia-me a determinação e deixa-me os neurónios em sobressalto.
Se eu deixar de fumar, a que novo vicío me agarrarei para manter a constante ?
Vou meter p’rá veia ? Jogar no Casino ? Roer rebuçados de mentol ?
Pior, e se me dá para a renda de bilros ou os tapetes de arraiolos ?

Estou angustiado :(

platoon

Ontem estive a rever o Platoon realizado por Oliver Stone, estreado em 1986 e que merecidamente ganhou 4 Oscares, entre os quais o de melhor realizador e melhor filme.
Já se fizeram muitos bons filmes sobre a guerra do Vietname – The Deer Hunter, Apocalypse Now, Full Metal Jack, Born To Kill, Gardens of Stone. O problema é que são bons mas são líricos.
O Platoon foi o único a ser realizado por quem foi soldado na guerra do Vietname, lá enfiado na merda e pôde testemunhar a barbárie que por lá se passou. Barbárie que evidentemente não foi completamente transposta para o filme, ou seria proibido em todas as salas de cinema do mundo.
Mas mostra bem as tensões, o medo, a confusão, a irracionalidade de uma guerra, qualquer guerra.
Não é por acaso que o lema do filme é “The First Casualty Of War Is Innocence“.
Muitos dos que lerão este artigo ainda não eram nascidos ou eram muito pequenos quando o filme estreou, por isso, toca a ir a um clube de vídeo e alugar.

citações memoráveis no cinema [1]

People break down in to two groups. When they experience something lucky, group number one sees it as more than luck, more than coincidence. They see it as a sign, evidence, that there is someone out there watching out for them. Group number two, sees it as just pure luck, a happy turn of chance. I’m sure people in group number two are looking at those fourteen lights in a very suspycious way.
For them, the situation is a fifty-fifty: could be bad, could be good. But deep down, they feel that whatever happens, they’re on their own and that fills them with fear.
Yeah, there are those people. But there’s a whole lot of people in the group number one. When they see those fourteen lights, they’re looking at a miracle and deep down, they feel that whatever is going to happen, there will be someone there to help them and that fills them with hope.
See, what you have to ask yourself is what kind of person you are ? Are you the kind who sees signs, sees miracles ? Or do you believe that people just get lucky ?

Por Mel Gibson in Signs.

salvemos os verdadeiros smileys

Já não há paciência para todos os smileys-bonequinhos que polulam pelos e-mails, blogs, fóruns, MSN e por aí afora.
São um atentado ao bom gosto, são completemente gays (sem qualquer desrespeito para estes).
Um smiley a sério faz-se só com os caracteres do teclado. Por exemplo, como este é um assunto que me entristece a alma, atiro-vos com um :(
Ora um smiley :( é um smiley a sério, tem personalidade, impõe-se, mas ao mesmo tempo é honesto, humilde e despretencioso. Não quer ser mais do que aquilo que realmente é: um smiley.

Portanto, utilizadores da internet de todo o mundo, unam-se nesta luta contra a abastardização dos smileys.
Digam não aos smileys-bonequinhos. Sejam Homens ou Mulheres.

Smile :)

uma foto estranha e uma música [1]

Light My Fire (Jose Feliciano featuring The Doors)

LifeType

Em jeito de resposta ao artigo do Pedro Cavaco, aproveito para dar a conhecer a melhor plataforma de blogging que há (a quem ainda não a conhece), o LifeType. A programação é irrepreensível, não se vê uma linha de HTML misturada com PHP, Smarty, um mimo. Usei-o durante 3 anos, mas tinha um problema: a API extremamente complexa e o mau hábito de a alterarem sempre que saía uma sub-sub-versão, o que estoirava com os plugins. Por isso, depois de uma breve passagem pelos blogs do SAPO, mudei para WordPress, que tecnicamente é muito inferior ao LifeType, mas com o qual é mais fácil de lidar (apesar de ter uma API meio coxa, porque é que há, por exemplo a manage_posts_custom_column e não há a manage_posts_custom_row ?).

a malta do internet explorer é envergonhada ?

Este blogue tem pouco mais de uma semana e, no momento em que escrevo, 2551 visitantes, número que já dá para ver uma coisa misteriosa. Atendendo a que é o blogue mais generalista que já escrevi, é natural que os visitantes sejam heterogéneos, o que dá para ver pelas estatísticas de acesso dos sistemas operativos:

Portanto, a coisa está ela por ela em termos de Linux e Windows. Mas quando se olha para os browsers que escreveram os 99 comentários, vê-se que 93 foram escritos em Firefox e apenas um (1) em Internet Explorer.

Ó pessoal do Internet Explorer, eu sei que não deve ser orgulho nenhum usar essa espécie de browser, mas também não é preciso esconderem-se :)

microsoft exchange

Eu sou um fã incondicional do qmail e não o largo por nada deste mundo a não ser que a isso seja obrigado profissionalmente (e já fui uma vez).
Contudo, devo confessar que entendo o Exchange em tandem com o Outlook como um dos melhores produtos (ou com mais features e outras regalias) da Microsoft. Efectivamente, o Exchange é, em teoria, uma excelente plataforma de messaging (email, incluído, claro). De facto, as opções de calendário, scheduling e outras , estão muito bem conseguidas e é o que leva muitas empresas a optar por esta solução. O webmail incluído também está excelente.
Quanto ao Outlook, está extremamente bem conseguido, sendo que na maior parte dos casos é mal utilizado por ignorância de quem o usa. São emails em HTML, com fonts enormes às cores, assinaturas em jpeg, eu sei lá. Mas o Outlook pode ser perfeitamente configurado para enviar emails em plain text. E ademais, é altamente configurável, embora talvez um pouco obscura esta actividade para o utilizador comum.

Contudo, o Exchange sofre do mesmo problema de outros produtos da Microsoft: segurança, não escala, precisa de hardware exigente e last but not the least, não cumpre os RFCs. Tenho um amigo que é admnistrador de um Exchange numa grande empresa e todos os dias quando sai do trabalho, a última coisa que faz é reiniciar o servidor.

Quanto a não cumprir os RFC, nomeadamente o 822, conto uma história que se passou comigo: há anos, trabalhei numa empresa que entre muitas outras coisas, oferecia web e email hosting. Um dos clientes, era o concessionário de Aveiro de uma conhecida marca de automóveis. Com bastante frequência, a sede da marca em Lisboa, enviava PDFs técnicos em attachment para todos os concessionários do país à atenção das respectivas oficinas . Mas ao de Aveiro não chegava. Os e-mails ficavam em queue no servidor e não havia quem os arrancasse de lá. Lendo os logs do qmail-send, verificava que esses e-mails tinham uma string que ocupava cerca de vinte linhas no terminal e continha caracteres estranhos. Andei dois dias a escrever filtros em PERL para resolver o problema e nada. Resolvo telefonar para Lisboa para a pessoa encarregue de enviar os e-mails a perguntar como é que ele fazia quando os enviava. Então, explicou-me: tinha na lista de contactos todos os endereços de todos os concessionários. A cada um, atibuía um alias (normal, até aqui). Depois, tinha um grupo com todos esses alias (mais um alias). Quando queria enviar um e-mail geral, colocava no campo “To:” do Outlook só o nome do tal grupo. Era isso que provocava a string enorme nos logs do qmail-queue.
Indo ao RFC 822, no ponto 3.1.2 lê-se:

The field-name must be composed of printable ASCII characters (i.e., characters that have values between 33. and 126.

Ora, esta era logo uma real cacetada no RFC, pois a string continha carradas de caracteres fora dessa gama.
Mais adiante, no ponto 3.4.8, lê-se:

Each header field may be represented on exactly one line consisting of the name of the field and its body, and terminated by a CRLF; this is what the parser sees. For readability, the field-body portion of long header fields may be “folded” onto multiple lines of the actual field. “Long” is commonly interpreted to mean greater than 65 or 72 characters.

Ora mais uma falha grave, a linha que vinha ter ao servidor continha centenas e centenas de caracteres.
Acabei por resolver o problema com o pacote mess822 (não podia ter um nome mais apropriado) do Prof. Dan Bernstein que é somente um binário que substitui o qmail-inject e que lida com MTAs mal comportados. Escrito a pensar em particular… no Outlook.

É pena, o Exchange podia ser mesmo um excelente produto.

trabalhem malandros

Mão amiga fez-me chegar à minha mailbox a pergunta se eu não estaria interessado em, por 200 euros, fazer dois pequeninos trabalhos académicos para uma colega. A minha resposta foi “Nem que fossem 1000″.
Este autêntico negócio em que os filhinhos e as filhinhas dos papás ricos encomendam (quantas vezes a professores) trabalhos académicos é um autêntico escândalo e está à vista de todos, basta consultar os placards de anúncios das Faculdades.
Ora eu classifico este negócio (por ambas as partes, comprador e fornecedor) como uma autêntica nojice e que já devia ter sido alvo de investigação pelas autoridades competentes, pois de facto trata-se de uma burla, não sei que outro nome lhe aplicar.
Por outro lado, leva a que tais estudantes(?) não estudem nem trabalhem, sejam uns ignorantes, mas no final, sejam Drs. e Engºs como os outros.

heath ledger morreu porquê ?

<disclaimer>Este artigo é completamente especulativo e apenas uma tentativa de perceber o que se terá passado na cabeça deste homem</disclaimer>

Heath Ledger, o cowboy introvertido de Brockeback Mountin e um dos mais promissores actores da actualidade faleceu esta noite em Nova Iorque.
Para mim, não deixa de ser uma mórbida e estranha coincidência que a morte por overdose tenha acontecido poucas horas depois da saída da nomeação para os Oscares. No ano passado, salvo erro, apenas foi lançado um filme, mas importante, com ele no elenco, I’m Not There. Talvez ele tivesse expectativas de ser nomeado e tenha reagido desta forma. Porque se é verdade que terá morrido por overdose, não quer isso dizer automaticamente que tenha sido por heroína ou outra droga recreativa. Pode ter sido por ansiolíticos, anti-depressivos ou beta-bloqueantes, tudo prescrições normais para quem sofra de depressão mais ou menos profunda. E pode ter sido isto que aconteceu.

oscares 2008

Saiu a lista de nomeados para este prémio que é uma espécie de ganha quem tiver quem lhe faça melhor lobbying. Está aqui no site da BBC. Parece que a cate Blanchett está em alta com nomeação para melhor actriz e melhor actriz secundária.

cegos, surdos e mudos

Não queremos ver, ouvir falar, nem falar sobre o MacBook Air.
Somos superiores a esse brinquedo enjeitado.

aonde é que eu já vi isto ?

um pequenino plugin para o SAPO links

Eu não sou um adepto do que é nacional é bom, mas devemos acarinhar as coisas boas que temos.
Quase todos os blogs têm links com bonequinhos para que os seus artigos sejam adicionados aos serviços de bookmarking, mas nunca vi nenhum para o SAPO tags links.

Por isso, fica aqui um plugin que faz isso mesmo: um bonequinho para os leitores adicionarem os artigos do seu blog ao SAPO tags links.

Ver pormenores aqui na página do plugin e ver o efeito neste mesmo blog.

o tuga do hiper-mercado

Se há espécie da fauna que sempre me intrigou os neurónios, essa é definitivamente o “Tuga do Hipermercado”. E que espécie é essa ?
Eu digo, é um homem que vai ao Hipermercado vestido com fato de treino da Maconde, sapatilhas Nike daquelas de ferir a vista tal é a profusão de cores e traz o telemóvel à cintura (ou a falar nele em altos berros, alternativamente).
O Tuga do Hipermercado circula por entre as prateleiras um metro à frente da esposa com a mesma naturalidade com que o sangue lhe corre nas veias.
Compara todos os preços do mesmo produto mas de marcas diferentes, normalmente as mais chungas.
Às vezes anda de máquina de calcular do chinês na mão e vai abarrotando o carrinho que a mulher - que raramente abre o bico - vai empurrando a custo.Na hesitação entre o óleo Fula ou o da marca do Hipermercado, eventualmente atira-lhe, “Ó Soraia, achas que vale pela diferença de preço comprar o Fula ?”.
A mulher encolhe os ombros e ele enfia o óleo chunga no carrinho.
Depois de comprar o essencial para a despensa caseira - uma grade de cerveja, bolachas ranhosas, sumos cor-de-rosa e chipicaus para os putos - o Tuga do Hipermercado dirige-se à sua secção favorita, a dos acessórios para automóvel.
Aí, hesita sempre entre uns tampões para as rodas do carro a fazer de conta que são jantes de liga leve, uma ventoínha para o tablier que dá sempre jeito (os Tugas do Hipermercado têm tipicamente Opel Corsas sem ar condicionado) ou umas capas desportivas para os assentos.

Passada esta fase crucial, a caminho da caixa lança um olhar desconfiado, mas ao mesmo tempo curioso à secção de informática. Mas nunca ganha coragem para lá entrar. É QI a mais para ele e a Internet está cheio de perigos, roubam tudo a uma pessoa, disse-lhe uma vez o sobrinho borbulhento que anda no 9º ano.
Ele gosta é da televisão “feléte scrine” que anda a pagar em 60 prestações de 40 euros cada e que orgulhosamente mostra aos amigos quando vão lá a casa.
“Tás a ver isto, pá ? Ver a bola assim é outra loiça e o canal 18, nem te digo”. E ri-se muito desta alarvidade.
Entretanto, a mulher começa tirar a tralha toda do carrinho, pois o Tuga do Hipermercado já está do lado de fora da caixa a meter as coisas nos saquinhos e de cartão de crédito do respectivo sítio em punho para pagar em 10 vezes.

Caros amigos, quande derdes de caras com um exemplar desta espécie na vossa ida às compras, observai-o bem.
Pode dar um bom tema para a vossa Tese de Doutoramento.

quando a inspiração falha

a tiny wordpress plugin i’ve made

Hi all,

See the information about the comments in my sidebar ? Well, it’s code I’ve written. At first, I just left it in sidebar.php, but then, what the heck, let’s make a plugin out of this.
You can grab it here if you want.

It doesn’t have all the platforms and browsers, but if you’re in need of one that isn’t there, just add it, like the others are in dcs.php file.
Read the README file for instructions.

Also, check the plugin page here.

If you like it, please consider digging it. I’d really appreciate that from you.

Kind Regards,
Mário Gamito

as mulheres depois do casamento

Venho falar-vos de um assunto de extrema importância: a metamorfose das mulheres depois do casamento. Mas comecemos pelo princípio, passe o pleonasmo.Há três fases distintas, o pré-namoro em que o homem corteja a mulher, o namoro e o casamento.
Na primeira fase, os machos fazem as piores figuras de parvo enquanto as mulheres se vão resguardando. Escapam propositadamente às nossas investidas, afastando no último momento os seus lábios dos nossos mesmo quando estamos a pensar que desta é que vai ser o primeiro beijo, fazem ourelhas moucas aos nossos innuendos, não se deixam tocar, etc.
Apesar de estarem interessadas, claro.

Na fase do namoro, que pode ir de três meses a infindáveis anos, elas portam-se como uns autênticos anjinhos, são as criaturas mais dóceis que pode haver, perdoam-nos o esquecimento do dia de aniversário com um ramo de flores e uma queca aprimorada para o efeito, telefonam-nos, querem sempre estar connosco, escrevem-nos coisas bonitas, querem sexo a toda a hora, minuto e segundo, passeiam de mãos dadas, enfim, um regalo.

Até que chega o dia do casamento e aqui meus amigos, é que a porca torce o rabo.
É nesta fase que elas tomam o controle das operações, despromovendo-nos numa penada de General de três estrelas a cabo raso.

Começa com pequenas coisas, se elas estão há cinco minutos a fazer o jantar e nós estamos distraídamente a ler o Público na sala, não julguem que sai peixeirada, não nada disso, elas são muito mais requintadas.
Ao invés, usam a bomba atómica: o amuo.
É certo e sabido que durante o resto da noite já só nos falam por monossílabos - ou não falam de todo - e à noite na cama, viram-nos as costas (e o resto).
E lá andamos nós, cãezinhos de rua abandonados, de volta delas, apaparicando-as, fazendo perguntas, até que lhes passe o amuo, o que só acontece quando elas querem.
Nota mental: o amuo das mulheres só por si, é tema suficiente para um artigo.

De facto, com estas e outras armas, não há macho latino, por mais empedernido que seja (mesmo daqueles alarves que contam anedotas rascas do tipo “Sabes porque é uma mulher tem pernas ? Porque senão deixavam um rasto como os caracóis”) que se não torne num cãozinho amestrado, num daqueles peixes limpa-fundos que todos os aquários têm.
Na Economia Doméstica, a coisa é a mesma, “Olha lá, que levantamento é este de 10 euros que fizeste anteontem ?”, “Um auto-rádio com leitor de CDs e MP3 por 25 euros ? Estás doido ou quê ?” e por aí adiante.
Curiosamente, esta poupança doméstica por elas conseguida, é aplicada em roupa para si próprias, ou confesso, para nós.

O sexo é uma arma. Quando damos barraca, já sabemos que vamos ficar a seco, nem vale a pena tentar, a menos que sejamos uns sado-masoquistas que gostemos de ser repelidos com Dundum (isto não se aplica durante o período da ovulação, aí elas não conseguem usar esta arma, a culatra fica encravada :P)
Em resumo, o sexo é o pau e a cenoura da mulher no casamento.

Continuemos pela decoração caseira, por mais que queiramos ter uma casa minimalisticamente decorada e com espaço para nos movimentarmos, há sempre mais um caralhote que elas compram e conseguem encafuar num buraco qualquer.
A limpeza e arrumação da casa é outra, “Foda-se pá, a tua mãe não te ensinou a fazer uma cama ? Ora pega lá nessa ponta do lençol, faxavor”, “Estás a deixar o lixo todo para trás, varre lá isso como deve ser e a seguir vai regar o jardim”.
Outros hábitos tipicamente masculinos tais como mijar a tampa da sanita, não deixar a toalha a secar depois do banho, coçar os colhões e tirar macacos do nariz são devidamente repreendidos e severamente punidos.

Portanto, meus caros, são elas que mandam no casamento, mas atenção e aqui é que reside toda a questão, dando-nos a impressão que somos nós que mandamos.
Isto é algo de muito difícil explicação a quem não é ou foi casado, mas esta, é a mais pura das verdades.
Eu explico com exemplos:
Somos os primeiros titulares das contas bancárias, os cheques estão em nosso nome (as contas da água, luz, etc., também), idem para o telefone, aceitam o nosso apelido para elas (bem, a minha não aceitou), somos nós que atendemos a porta, que conduzimos quando saímos os dois, que temos que nos armar em rufiões quando é preciso reclamar nalgum serviço público, mas não meus amigos, elas é que mandam, são elas o Joint Chief Of Staff da casa, nós somos o amanuense-às-suas-ordens.
Como é que elas conseguem isto, não faço a menor ideia, é um segredo que apenas se transmite da boca de uma mulher à orelha doutra.
E ai de nós se nos lembramos de protestar ou tentar impugnar algo, é certo e sabido que levamos imediatamente com um amuo de uma semana e duas sem dar de comer ao gato.

Entretanto, e apesar de todo este panorama, a esmagadora maioria dos homens, pensa que são eles quem de facto mandam no casamento.
Ora, ou são ceguinhos de todo, ou têm uns quantos pontos abaixo do QI da querida esposa.
Agora para a Psicologia de pacotilha.
Quem tenta treinar a todo o custo os homens para realmente mandarem nas mulheres, é uma mulher, a mãe.
Porquê ? Porque a mãe conhece todos estes truques de mulher e não quer que o seu rico filho passe pelo mesmo que fez o marido passar.

Debalde.

As mulheres já nascem com os galões de General bem repimpados nos genes.

turin brakes

Toda a gente sabe o que é uma one hit band. Uma editora pega em meia-dúzia de caramelos pimbalhotes (ou caramelas, também dá), faz-lhes uma música orelhuda para os adolescentes, os computadores afinam as vozes e o resto é marketing. Passado o primeiro álbum, nunca mais se ouve falar de tal gente.

Contudo, também há casos de boa música que desaparece após o primeiro álbum. Por exemplo, o segundo álbum da Norah Jones afundou-se muito mais no Jazz do que o primeiro e o público que na generalidade não vai à bola com tal estilo, comprou-o em muito menor quantidade.
Já noutros casos, como o dos Maroon 5, acontecem por o segundo álbum ser mais do mesmo.

Mas queria aqui falar dos Turin Brakes, aparecidos em 2001 com o seu álbum de estreia The Optimist LP. Excelente música, pertencente ao chamado movimento britânico quietcore, onde o Folk se encontra com a Pop.
O álbum era delicado, mas desapaixonado e ao mesmo tempo andrógeno, com referências à ecologia e anti-corporativo.
Depois disso, lançaram mais dois – Jackinabox e Dark On Fire – dois excelentes álbuns também, mas que cairam completamente no anonimato. É pena.

Deixo-vos com The Door e Emergency 72.

putin

Vladimir Putin, como toda a gente sabe, foi eleito pela revista Time a “pessoa do ano” de 2007.
Ora se eu não ponho as mãos no lume (nem as chego lá perto) pelas convicções e processos democráticos de Putin, tenho para mim que esta escolha foi mais do que justa.
Putin, durante estes anos, voltou a colocar a Rússia no lugar de super-potência que merece, acabando pelo caminho com as oligarquias vigentes no tempo de Yeltsin. Ora estes dois factos, devolveram ao povo Russo um orgulho que andava pelas ruas da amargura. Dir-se-á que o povo vive com dificuldades e que as vozes incómodas são caladas. Provavelmente, sim, mas já dificuldades havia e no caos que estava a Rússia era preciso uma mão forte ao leme.
No entanto, Putin levanta a voz bem alto ao Ocidente quando se trata de defender os interesses russos, em vez de andar a pedir esmolas e a baixar as calças em troca como no tempo antes dele e o Ocidente encolhe-se.
A Rússia é hoje de novo um país respeitado e com lugar no xadrez mundial. E isso, deve-se a este senhor. [1]

[1]: Não, não sou nem nunca fui Comunista.

internet explorer, que praga

Como já não uso Windows nem em casa nem no trabalho, quando mudei o meu blogue para um novo domínio e WordPress, nem me lembrei do Internet Explorer. Até que o Marco do Bitaites me avisou que em IE7, o blog estava todo escangalhado. Fui ao browsershots [1] ver e realmente a coisa estava mesmo má. Fui ver as estatísticas de acesso e 10,7% vinham de Internet Explorer. Pronto lá vou ter que arranjar isto, pensei. De modo que instalei um Windows XP com IE7 numa VmWare Workstation e deitei mãos à CSS.
Mas será que esta praga do Internet Explorer não larga as pessoas (e vice-versa) ? Irra, já não há pachorra.
Bem, do mal o menos, aproveitei para instalar o Paint Shop Pro 7 (já com alguns 10 anos ou mais) que é o único software com o qual consigo ser minimamente produtivo em operações básicas de desenho (desenho é uma coisa para a qual tenho duas mãos esquerdas).

[1]: Fica a dica.

marillion

Ainda a propósito de rock sinfónico, no princípio dos anos 80 estava praticamente extinto. Ou porque as bandas se desfizeram ou porque enveredaram por um estilo comercial, como os Genesis.
Mas eis que em 1982, estava eu a ouvir a Rádio Comercial e o locutor, completamente em êxtase, diz qualquer coisa como “O rock sinfónico voltou, vá buscar um papel e uma caneta para assentar o nome da banda”. E lá fui eu buscar. Passados uns segundos de silêncio, diz “O nome da banda é Marillion, eu soletro, M-A-R-I-L-L-I-O-N”. E seguiram-se uma série de encómios aos Marillion (a banda era para se chamar The Silmarillion, mas para evitar problemas com o título do livro de Tolkien, ficou só Marillion).
Bem, fiz-me à rua e fui comprar o Market Square Heroes, um mini-LP. Estava lá tudo, o som grandioso do rock sinfónico, as letras extremamente bem trabalhadas, só com um toque de guitarra eléctrica mais presente que não era costumeiro no rock sinfónico. A edição foi extremamente reduzida e nunca reposta, pelo que sou um dos poucos felizes possuidores desse mini-LP.

Em 1983, sai o primeiro álbum que subiu aos tops com o teledisco de He Knows You Know a passar nas TVs de todo o mundo. Fish afirma-se um grande letrista, vocalista e líder da banda.
No mesmo ano sai Fugazi, com uma sonoridade mais de teclados do que de guitarra, ao contrário dos anteriores.
Em 1985, veio Misplaced Childhood que foi o primeiro álbum conceptual da banda, característica típica do rock sinfónico. Os temas Kayleigh e Lavander foram passados nas rádios e nas TVs vezes sem fim e o álbum chega a nº 1 no Reino Unido.
Finalmente, em 1987, o último álbum com Fish na voz e nas letras, Clutching At Straws, novamente um álbum conceptual.

Todas as capas deste disco eram obras de arte desenhadas por Mark Wilikinson e tinham todas em comum terem como elemento central um bobo. Sendo cheias de pormenores, é possível por exemplo vislumbrar na capa de Script For a Jester’s Tear o LP A Saucerful Of Secrets dos Pink Floyd no chão ou na capa de Fugazi o duplo LP The Wall também dos Pink Floyd.

Conforme disse, Fish saiu da banda e entrou para o seu lugar Steve Hogarth e os Marillion gravaram com ele dez álbuns desde então. Mas faltava a magia das letras e da voz do Fish, pelo que não tenho nenhum CD desta era.
Há tempos, em conversa com o Mário Valente, ele perguntou-me se conhecia a carreira a solo do Fish. Não conhecia, mas fui procurar. Saquei Comprei na net todos os seus álbuns a solo, visto que a maior parte já não se encontrava à venda em lado nenhum. Em Portugal nem devem ter estado à venda. E descobri músicas espetaculares.

O Fish esteve cá no passado dia 6 de Dezembro na Aula Magna para um concerto. O Mário Valente que o foi ver diz que foi uma merda, que o gajo se esquecia das letras e tal. Não é de admirar, o Fish é conhecido por beber que nem uma esponja e nós temos cá daquele bagaço tão bom que até serve para limpar os balcões dos cafés :P

Fica aqui Script For a Jester’s Tear do álbum com o mesmo nome.

van gogh

Campo de milho com corvos

Os quadros de Vincent Van Gogh contam-se entre os mais conhecidos e mais caros do mundo. Foi ele o pioneiro da pintura expressionista. Muitos podem ser vistos em Museus espalhados por todo o mundo, mas muitos estão também na posse de coleccionadores particulares ou de grandes companhias seguradoras. Apesar de ser um dos pintores sobre cujos quadros mais dúvidas existem acerca da sua autenticidade, a sua pintura é inconfundível e eterna.

apple killed the linux star

<disclaimer>O que eu vou escrever não é um ataque à Apple ou ao Linux e muito menos à liberdade individual de cada pessoa fazer as suas escolhas. É apenas uma constatação dos factos e também, um pouco de futurologia.</disclaimer>

Comecei no Linux há 13 anos quando só ainda meia-dúzia de maluquinhos sabia o que isso era. O desktop era horrível (salvava-se o WindowMaker), o Netscape suckava, os window managers estavam cheios de bugs e a aparência já nessa altura estava muito atrás do Windows (a Microsoft sempre foi muito boa numa coisa: o polishing).
As coisas evoluíram, apesar de haver sempre problemas com hardware recente, mas também até nisso houve evolução.
E o número de utilizadores de Linux no desktop foi crescendo, lenta mas gradualmente. Com o aparecimento do Ubuntu, muitas pessoas passaram do Windows para Linux.

Nestes entrementes, a percentagem de portáteis vendidos em relação aos tradicionais desktops foi crescendo e acredito que já hoje se vendam mais portáteis do que desktops. No princípio desta revolução, apareceu há uns anos o Mac OS X, sem dúvida um grande sistema operativo. O Steve Jobs foi esperto de uma maneira que o Bill Gates nunca foi: pegou num bullet proof UNIX e acrescentou-lhe um window manager proprietário excelente. A princípio e durante muito tempo, a malta do Linux no desktop não ligou muito ao OS X (Ah, é giro e tal…), mas com o passar dos anos, os avanços de uns felinos para os seguintes e sobretudo com a baixa de preços, o pessoal começou a olhar para o OS X com outros olhos. E a mudar. Conheço hoje pessoalmente quatro pessoas que mudaram de Linux para um Mac portátil. E por essa blogosfera fora, vão-se lendo todos os dias relatos de igual mudança. De modo que a Apple já tem mais de 7% do mercado dos computadores pessoais e o Linux quase nem consta na lista. O Mac OS X representa mais produtividade quando comparado com o Windows ou o Linux. O meu próximo portátil também irá ser provavelmente um Mac. Porquê ? Porque como para muito boa gente, quero mais produtividade e tendo a meu cargo máquinas Linux, basta-me o SSH que vem no Mac, não é preciso mais nada. Não é nada de novo, quando fui administrador de sistemas UNIX em Lisboa na sede de um dos maiores bancos portugueses, o meu desktop era um Windows com o Putty aberto durante todo o dia à frente.
Quando até o Linus Torvalds usa um portátil OS X há mais de 2 anos, está quase tudo dito [1].

O KDE 4 saiu agora e a julgar pelos screenshots que se vão vendo, parece ser a melhor interface gráfica que o Linux já teve, mas como podemos ler nesta entrevista ao Nuno Pinheiro que esteve por dentro de todo o processo de desenvolvimento, a coisa ainda está muito verde:
Bruno: A versão 4.0 do KDE é um marco importante neste projecto, já que foram feitas várias alterações de fundo. Por essa internet fora tenho lido vários comentários que dizem que o KDE 4.0 não está pronto para produção. Qual é a tua opinião sobre isso?

Nuno: Não está claramente, dá para usar, mas não é um substituto para o 3.5 por exemplo.
Como disse na resposta anterior, esta release tem como principal objectivo os pilares do kde 4, e esses estão prontos code wise isto é o grosso do trabalho dos pilares esta feito, é a partir destes pilares que tudo o resto se vai construir, e na minha opinião de engenheiro civil são grandes e fantásticos pilares.
Acho incrível o que conseguimos especialmente que dê para usar e funcione minimamente.

A própria Mandriva, que deve ser neste momento a distribuição Linux mais KDE oriented ainda vai trazer na sua próxima versão, a sair daqui a uns meses o KDE 3.5

Claro que nos servidores, o Linux está bem e recomenda-se cada vez mais e a Microsoft cada vez mais encostada à parede, mas no desktop, acho que a batalha (ou a guerra) está perdida.

[1]: Afinal, pelas palavras dele, parece que já não.

expert in dropping domains

Isto da caça e venda de domínios vale tudo menos arrancar olhos. Aqui há tempos registei o konsolas.net, hoje recebo este email:

Hi Mario,

konsolas.com to which you own the konsolas.net will soon be released.
I wondered if you desired to get hold of the .com

If so, as an expert in the area of acquiring dropping domains I can help.

Please don't hesitate to get back to me as there are just a few days before
the domains expiry, phone numbers are below.

Alternatively, give me your number and I will phone you.

Kind Regards
**** ********
Director
****** UK Ltd

+** (*) *** *** **** (UK)
+* (***) ***-***  (USA)

genesis duke

Eu cresci a ouvir rock sinfónico e progressivo. Talvez por influência de um amigo meu, talvez por andar a tirar o curso de guitarra clássica no Conservatório, ou as duas coisas ao mesmo tempo, não sei.
Genesis, Pink Floyd, King Crimson, Rick Wakeman, SAGA, Jethro Tull, etc. A única excepção era (e continua a ser) nos antípodas, os AC/DC. No sinfónico os meus preferidos eram e continuam a ser os Genesis. No progressivo, os Pink Floyd.
Tenho a discografia dos dois em vinil e CD. No caso dos Genesis, incompleta, porque achei que o último disco merecedor de ser comprado era o Duke (1980). A seguir veio o Abacab e aquilo já era uma mixórdia comercialóide sem pés nem cabeça. Depois da saída de Peter Gabriel (a seguir à gravação de The lamb Lies Down On Broadway), com o Phill Collins à cabeça, ainda saíram dois bons álbuns, A Trick Of The Tail e Wind And Wuthering com a presença de Steve Hackett que saíria depois da gravação deste último a fazer-se sentir ainda muito. A seguir viria And Then There Were Three, fraquito, e por fim, Duke.

E pronto, deixo-vos aqui com Alone Tonight deste álbum. Enjoy :)

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De sites web ?
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Não hesites, vai aqui e inscreve-te já se cumprires todos os requisitos.
A única coisa que eu acho estranha é que 15 ∗ 0,25 = 3,75 € e não 5. Talvez haja um bónus de produção de 1,25 €, não sei.
Bem, esclareçam lá essa dúvida com o boss e não desperdicem aquela que pode ser a oportunidade da vossa vida.
Corram que ainda não há candidatos e a oferta foi colocada já no passado dia 9.

E não tentem enganar o patrão porque ele sabe da poda da construção de sites web. Vejam aqui o seu mais recente trabalho. [1]

Vá, não precisam de agradecer a dica :P

[1]: Conteúdos para maiores de 18 anos.

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