citações memoráveis no cinema [5]
People should not be afraid of their governments. Governments should be afraid of their people.
Por Hugo Weaving in V for Vendetta
People should not be afraid of their governments. Governments should be afraid of their people.
Por Hugo Weaving in V for Vendetta
Se há coisa mais reaccionária na nossa herança genética de tugas, são os ditados populares.
E quando digo reaccionária, digo mesmo no sentido político do termo: coisa adversa ao avanço, ao progresso, à modernidade.Deixo-vos com alguns exemplos:
“Grão a grão enche a galinha o papo.”
Completamente ultrapassado, vivemos na época do consumismo desenfreado, de gastar o que se tem e o que não se tem e quando acabar o que não se tem, vai-se ao Totta pedir crédito. Claro está que para o esturrar num instante.
“Depressa e bem, não há quem.”
Pois, tenho que dizer este ao meu chefe quando ele me apertar com os prazos.
“A cavalo dado não se olha o dente.”
É pá, desculpem lá, mas quando me oferecem alguma coisa que não gosto, guardo bem guardadinho para oferecer ao próximo incauto meu conhecido que fizer anos.
“Mulher feia a mim não me convém.”
Desculpem lá, mas já vi muita mulher feia com um corpo capaz de me provocar uma erecção em pleno Metro na hora de ponta, quando a maltosa vai toda apertadinha.
Por isso, da próxima vez que alguém vos vier com a treta de um ditado popular, respondam: isso é coisa de Reaccionários, eu cá voto BE.
Haverá alguém neste país com paciência para ler o blogue daquele Licenciado em Filosofia com uma nota pataqueira (Carlos Candal dixit) , o José Pacheco Pereira ?
Aquilo é de uma chateza de morte. O gajo mistura quadros com poemas, com livros, com fotografias, tudo completamente desarrumado e sem gosto nenhum. Claro está, que quando lhe chega a verborreia, também escreve qualquer coisa, mas é tudo tão fraquinho, tão sem sal, tão desinteressante, que um gajo acaba por adormecer em cima do teclado. Chama àquilo o Abrupto, vejam lá a lata.
Para mim é tão abrupto como respirar. Nem dou por tal coisa. Enfim, uma merda que só tem a fama que tem por ser escrito por quem é.
Agora se quiserem ler um blogue de quem os tem pretos e no sítio e não hesita em chamar os bois pelos nomes, leiam A Causa Nossa, quase integralmente escrito pelo constitucionalista Vital Moreira. Aquele sim, é blog de homem, que corta a torto e a direito, doa a quem doer.
Boa escrita, temas interessantes e… abrupto.
É ripar as faixas de som de DVDs de concertos de bandas de que gosto e depois gravá-las em CD audio. Fica-se com uma colecção de concertos que nunca sairam em CD espectacular. Se fizerem isto, não se esqueçam de no vosso software de gravação de CDs, seleccionar a opção que elimina a pausa de 2 segundos entre faixas, para as palmas não ficarem cortadas.
A propósito deste artigo do Mário Valente com o qual estou completamente de acordo (excepto na parte ideológica, mas isso agora não vem à discussão), veio-me à lembrança um caso que se passou há um ou dois anos que foi alguém ter descoberto que a equipa (três pessoas, salvo erro) que geriam o investimento em bolsa da Segurança Social, ganharem mais do que o Presiednte da República e esse alguém ter passado a informação à SIC.
A SIC, claro está, pegou logo no caso e chamou para entrevista no Telejornal o Director de Serviço dessas pessoas. A conversa foi curta (provavelmente mais do que a jornalista gostaria). O director não esteve com papas na língua e disse, citando de cor, qualquer coisa como “Sim minha senhora, ganham mais do que o Presidente da República, mas a senhora devia ter feito o seu trabalho de casa e saber que três pessoas, conseguiram no ano passado mais ganhos em bolsa do que qualquer banco em Portugal. O que eles auferem de ordenado são amendoins em comparação com os ganhos que trouxeram à Segurança Social. Vou fazer o quê ? Cortar-lhes metade do ordenado ? Vão-se embora e eu contrato outros três que não conseguem resultados. É isso que se pretende ?”.
A pivot nem piou, despediu-se do convidado, passou o mais depressa que pôde à notícia seguinte e mais nenhum órgão de comunicação social pegou na história.
Há coisas que pela sua seriedade, com as quais não se brinca. Uma delas é a cerveja. Ora andava eu ontem varejando pelas prateleiras de um hiper-mercado, quando os meu olhos se depararam com uma lata que dizia “A melhor cerveja da Venezuela”, não me lembro da marca e também não me interessa.
O que interessa é que nós temos cá muita cerveja da boa, não precisamos de importar mistelas de lado nenhum. Se for coisa boa, que se importe, sim senhor. Agora cerveja da Venezuela, humm… não me parece.
Bebam Super Bock, the one and only.
Eu sou grande fã da série house m. d. Contudo, estive a ver no youtube excertos de alguns episódios da 4ª série e o 9º completo e aquilo é um granel que já ninguém se entende.
Como quase toda a gente sabe, o House tem que procurar uma equipa nova. Começa no 2º ou 3º episódios e no 9º ainda tem uns cinco candidatos. Pelo meio (ou para ser mais preciso ao princípio), o House não quer nenhuma equipa e o seu amigo James Wilson rouba-lhe uma guitarra nova e diz que só lha devolve quando ele tiver uma equipa.
Enfim, uma embrulhada sem pés nem cabeça. Também já começam a cansar as piadolas brejeiras ao cu e às mamas da Cuddy.
Acho que me vou ficar pelos DVDs das três primeiras séries.
Quando, tu me vires no Futebol
Estarei no campo, cabeça ao Sol
A avançar pé ante pé
Para uma bola que está
À espera de um pontapé
À espera de um penalty
Que eu vou transformar para ti
Eu vou, atirar para ganhar
Vou rematar e o golo que eu fizer
Ficará sempre na rede a libertar-nos da sede
Não me olhes só da Bancada Lateral
Desce dessa escada e vem deitar-te na grama
Vem falar comigo como gente que se ama
E até não se poder mais, vamos jogar…
Sérgio Godinho in Espectáculo
A propósito do adepto esfaqueado no jogo de futebol V. Guimarães – Benfica.
Quando eu era criança, o meu pai levava-me ao futebol, ao Beira-Mar, no velhinho Estádio Mário Duarte.
Nós não iamos a todos os jogos, só aos melhores: Sporting, Benfica, Porto, Boavista, Setúbal, a Académica, claro e mais uns quantos.
Aquilo era um ritual, o meu pai ia com três (3) horas de antecedência para o Estádio, ficávamos na Bancada Central (o melhor sítio e único coberto), sempre no enfiamento da linha do meio-campo.
Era uma festa para mim, o meu pai comprava tremoços e pevides para irmos mastigando enquanto as três horas não passavam, ouvindo os pobres dos cães do Canil Municipal – que ficava precisamente debaixo da Bancada Central – implorarem por Misericórdia.
Entretanto, ouvíamos pelos “auto-falantes” fanhosos que a sapataria xpto, oferecia um par de sapatos ao primeiro jogador do Beira-Mar que marcasse um golo.
E toda a gente aplaudia. Velhos tempos.
Havia uma coisa que eu nunca percebia: o meu pai é Sportinguista, mas sempre que o Sporting embuchava um do Beira-Mar, ele levantava-se e aplaudia e quando marcava o Sporting, não fazia nada.
Eu, na minha inocência de criança, achava aquilo muito estranho, mas nunca lhe perguntei o porquê daquele comportamento.
Vi o Veloso vestir de amarelo e preto antes de ir para o Benfica, o Sousa, também do Beira-Mar, mandar aqueles petardos que deitavam abaixo os fotógrafos ao lado da baliza, quais bonecos de feira e outros, o Jaime Pacheco do Boavista, o José Henriques do Benfica entrar com a bola pela baliza dentro com um petardo disparado por um gajo qualquer, enfim, memórias de criança. Ah, também vi o Eusébio no Beira-Mar, o seu primeiro jogo foi dia de festa no Estádio.
Saíu ao intervalo.
Quando tocava o Porto, Setúbal ou Leixões, era porrada na certa nas bancadas atrás da baliza do Beira-Beira (para os amigos), tão certo como o Sol pôr-se no final do dia.
Ele eram peixeiras a dar porrada com os capacetes das motorizadas, enfim, eu sei lá, um festim.
Até que um dia, numa dessas cenas atrás da baliza, um políca mais desvairado ou com menos sangue-frio, sacou da arma apontando para todo o lado, abrindo um clarão à sua volta.
O meu pai pegou-me na mão, viemos embora e desde esse dia até hoje, nunca mais nenhum de nós pôs os pés num jogo de futebol.
Neste artigo, a Sra. Maria João Valente, numa lista de 10 items que realmente odeia ou despreza (sic), está o ponto 6:
6. Seres anti-macs (para mais aqueles que acham que têm piada e escrevem mal)
Eu não sei bem o que é um ser anti-mac e a existi-los, porque se há-de odiá-los ou desprezá-los ? Cada qual tem direito à sua opinião. Eu, há 13 anos que administro servidores UNIX. É a minha paixão, talvez tão grande como a sua pelos Macs, mas não venho aqui para o meu blog endeusar a minha opção e opinião. Para mais, a Internet e os blogs são hoje uma expressão da liberdade individual.
Se, por acaso, o ponto 6 foi escrito a pensar no meu blogue (embora não tenha tal pretensão), digo-lhe desde já que vou continuar a falar mal dos Macs sempre que me der na real gana. E quanto a escrever mal, não sou nenhum Lobo Antunes, mas chuto para canto.
PS: Quando se escreve uma lista, no final de cada item leva um ponto e vírgula e no último um ponto final. Fica a informação.
Podem chamar-me bota-de-elástico, quero lá saber, mas esta moda dos piercings e das tatuagens, faz-me reflectir.
Desde tempos imemoriais que o Homem e a Mulher adornam os seus corpos para fins variados, desde ficarem mais bonitos, até espantarem espíritos :)
Mas há outra coisa que é a marca da individualidade, i. e., as pessoas usam piercings e tatuagens no corpo para se tornarem únicas, para se distinguirem no meio do maralhal. O problema surge quando a quantidade de gente que usa tais adornos é tal que já ninguém consegue destacar-se.
Vou ficar a meditar nisto mais um pouco.
Até já.
I have traveled oceans of time just to find you.
Por Gary Oldman in Bram Stoker’s Dracula
Revi ontem o episódio da série televisiva 24 no qual o Jack Bauer pilotou um avião com uma bomba nuclear até 4 km do ponto de impacto.
No momento em que a bomba explode, este deita-se sobre um rochedo inclinado, virado de frente para a explosão e com os ouvidos tapados com as mãos. Ó meu caro Jack Bauer, então em que forças ditas especiais é que andaste aí nos States, meu ?
Eu cá, quando andei na tropa em Mafra ensinaram-me que o modo como uma pessoa se deve proteger de uma explosão nuclear, é deitar-se no chão de barriga para baixo, com os pés voltados para a explosão (por causa da cegueira provocada pelo clarão, mesmo com os olhos fechados), as mãos sobre a cabeça por causa da queda de detritos e a parte interior dos cotovelos a protegerem os ouvidos.
Cheira-me cá que a nossa Escola Prática de Infantaria em Mafra (onde tirei o curso de Oficial Miliciano, especialidade Atirador de Infantaria), dá bem melhores conselhos do que esses Fort Braggs e merdas dessas por onde andaste.
Manda-me um email que eu dou-te umas dicas, pá.
Há dias, ao ver um filme camóne de guerra, reparei em dois ou três erros que aparecem em todos esses filmes. Ora eu, que fui Oficial do Exército Português, Atirador de Infantaria pertencente à Brigada Mista Independente da NATO e único a ter a estrela de sniper num batalhão de 800 homens, acho que sei do que passo a falar e a esclarecer as mentes menos atidas aos ambientes de caserna:
Tudo erros crassos que se passam nos filmes de camónes.
Acho que vou mandar o meu currículo para Hollywood a candidatar-me a consultor militar dos filmes de acção.
Produtores de Hollywood, se me estiverem a ler, o meu email é gamito@gmail.com
Escrevam-me, desde já agradeço e garanto que faço melhor serviço do que o que têm actualmente.
Quase que não consigo perceber como é que o Clint-Eastwood-Dirty-Harry-Make-My-Day se transforma no meu realizador preferido no momento.
Desde o Bird em 1988, que o homem se tem feito, a cada filme, um maior realizador.
Unforgiven, The Bridges of Madison County, Midnight in the Garden of Good and Evil, Mystic River e Million Dollar Baby são apenas alguns exemplos.
Vi agora em DVD o The Flags Of Our Fathers e o Letters From Iwo Jima. Simplesmente brilhantes, principalmente o segundo, são do melhor cinema que tenho visto nos últimos anos.
Brilhante simplesmente, cada plano, cada movimento de câmera é um hino à sétima arte. Parabéns também pela fotografia da qual ambos os filmes muito vivem.
O Dirty Harry morre na cena em que, contrariamente ao que todos esperavam, dois soldados americanos matam de forma gratuita os dois prisioneiros japoneses que tinham à sua guarda.
Paz à sua alma e viva o Clint Eastwood realizador.
My momma always said, life is like a box of chocolates. You never know what you’re gonna get.
Por Tom Hanks in Forrest Gump
Toda a gente sabe o que é um peido, ou traque. É uma ventosidade anal que uma vez expelida, solta um som e algum mau cheiro. Em certas culturas como a nossa, é socialmente mal visto dar-se um peido em público. Se for na primeira visita a casa dos pais da namorada é um descalabro, se for em casa os putos riem-se à brava.
É difícil um gajo dar um peido em público e não ser imediatamente identificado. É-se imediatamente alvo de risinhos com a mão a tapar a boca. Por outro lado, se formos a caminhar na rua e nos peidarmos, continuamos em frente, não desviamos o olhar para lado nenhum e viramos imediatamente para a esquina mais próxima.
Por outro lado, temos a bufa. A dita, ao contrário do peido, não faz barulho e espalha um fedor horroroso por muitos metros cúbicos à nossa volta. A quantidade de compostos sulforosos libertados ultrapassam largamente as ppm por m3 recomendadas pela Organização Mundial de Saúde. Com a bufa, já é mais fácil escapar aos radares nazais à nossa volta. Basta largá-la, mudarmos imediatamente uns metros de um sítio para o outro e deixar as culpas para um incauto qualquer.
Agora a dúvida científica (sim, que isto é um artigo sério): Se tanto no peido como na bufa temos gases que vêm dos intestinos até sairem pelo olho do cu, porque é que o primeiro provoca um ruído e a segunda não ? Eu não percebo nada de anatomia, mas sei umas coisas de Física. Para se gerar um som, é necessário provocar ondas sonoras que se propaguem pelo ar, por exemplo com uma vibração. Então o que se passa ? Os gases percorrem caminhos diferentes para o peido e para a bufa ? Não faço ideia. Estou completamente às escuras nesta anal dúvida científica.
Alguém tem a resposta para esta pertinente questão ?
O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de “foda-se!” que ela diz.
Existe algo mais libertário do que o conceito do “foda-se!”?
O “foda-se!” aumenta a minha auto-estima, torna-me uma pessoa melhor.
Reorganiza as coisas. Liberta-me.
“Não quer sair comigo?! Então, foda-se!”
“Vai querer mesmo decidir essa merda sozinho(a)?! Então, foda-se!”
O direito ao “foda-se!” deveria estar assegurado na Constituição. Os palavrões não nasceram por acaso.
São recursos extremamente válidos e criativos para dotar o nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade os nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo a fazer a sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.”Comó caralho”, por exemplo. Que expressão traduz melhor a ideia de
muita quantidade que “comó caralho”?
“Comó caralho” tende para o infinito, é quase uma expressão matemática.
A Via Láctea tem estrelas comó caralho, o Sol é quente comó caralho, o universo é antigo comó caralho, eu gosto de cerveja comó caralho, entendes?
No género do “comó caralho”, mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso “nem que te fodas!”.
Nem o “Não, não e não!” e tampouco o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade “Não, nem pensar!” o substituem.
O “nem que te fodas!” é irretorquível e liquida o assunto. Liberta-te, com a consciência tranquila, para outras actividades de maior interesse na tua vida. Aquele filho pintelho de 17 anos atormenta-te pedindo o carro para ir surfar na praia? Não percas tempo nem paciência.
Solta logo um definitivo “Jorginho, presta atenção, filho querido, nem que te fodas!”. O impertinente aprende logo a lição e vai para o Centro Comercial encontrar-se com os amigos, sem qualquer problema, e tu fechas nos olhos e voltas a curtir o CD (…) Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um “Puta que pariu!”, ou seu correlativo “Pu-ta-que-o-pa-riu!”, falado assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba.
Diante de uma notícia irritante, qualquer “puta-que-o-pariu!”, dito nassim, põe-te outra vez nos eixos. Os teus neurónios têm o devido tempo e clima para se reorganizarem encontrarem a atitude que te permitirá dar um merecido troco ou livrares-te de maiores dores de cabeça. E o que dizer do nosso famoso “vai levar no cu!”?
E a sua maravilhosa e reforçadora derivação “vai levar no olho do cu!”? Já imaginaste o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: “Chega! Vai levar no olho do teu cu!”?
Pronto, tu retomaste as rédeas da tua vida, a tua auto-estima. Desabotoas a camisa e sais à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios. E seria tremendamente injusto não registar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: “Fodeu-se!”. E a sua derivação, mais avassaladora ainda: “Já se fodeu!”.
Conheces definição mais exacta, pungente e arrasadora para uma situação”, irritante, qualquer “puta-que-o-pariu!”, dito assim, põe-te outra vez nos eixos.
Expressão, inclusivé, que uma vez proferida insere o seu autor num
providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como
quando estás a conduzir bêbedo, sem documentos do carro, sem carta de
condução e ouves uma sirene de polícia atrás de ti a mandar-te parar. O
que dizes? “Já me fodi!”
Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!
de Millôr Fernandes
A partir de hoje, e por imposição de cima, o meu desktop de trabalho é um portátil com Windows Vista em Portguês.
Por isso, quando virem nos meus comentários “em Windows Vista”, já sabem, fui obrigado.
Sorte macaca :(
Sporting Clube de Portugal 2 – Futebol Clube do Bairro das Antas 0
Com que então ó Mac boys, pouquíssimo tempo depois de vos venderem o Leopard, sai um update de 450 Megabytes.
Cá para mim, venderam-vos um produto em fase beta, mas bem, pode ser que depois do update fique em Release Candidate, só o guru Jobs é que sabe :P
Já que estamos numa onda automobílistica, aqui vai mais um artigo sobre o tema.
Ora se há assunto automóvel que sempre me intrigou, é o seguinte:
Porque raio não consegue uma mulher estacionar um carro ?
Calma, não se trata de qualquer estacionamento, elas são capazes de estacionar num parque, fazer um estacionamento na vertical (é só apontar a frente do carro), etc.
O que elas não conseguem mesmo fazer é estacionar na via direita entre dois carros.
Ele é a roda direita de trás em cima do passeio, o cu virado para a estrada, o carro ficar estacionado mas a meio metro do passeio, jantes arranhadas e em último caso… deixá-lo em segunda fila ao lado do lugar vazio.
Eu não sou sexista, nada disso, mas o que relato é algo que não é novidade para ninguém.
Há muitas coisas que as mulheres não conseguem fazer tão bem como os homens, mas têm explicação científica. Correr os 100 metros livres em menos tempo do que os homens é uma delas, mas este é um caso diferente.
Já pensei tratar-se de um problema genético, mas como só há automóveis há cerca de 100 anos, o DNA não teria tido tempo para se modificar.
A minha mais recente teoria sobre o assunto é que o sexto sentido das mulheres não funciona quando estão em causa coordenadas de estacionamento.
I’ve seen things you people wouldn’t believe. Attack ships on fire off the shoulder of Orion.
I’ve watched c-beams glitter in the dark near the Tannhauser gate.
All those moments will be lost in time, like tears in rain. Time to die.
Por Rutger Hauer in BladeRunner.
Esta citação é conhecida por The Roy Batty soliloquy.
Para além do já citado Tuga de Hipermercado aqui neste livro de disparates, há outras espécies igualmente interessantes no universo Tuga.
Temos por exemplo o pop-chunga-tuna. E o que é um pop-chunga-tuna ?
É um gajo que está nos seus 20/30 e que tipicamente, tem um Opel Corsa 1.2 daqueles com 20 anos.
E o que transforma um homem num pop-chunga-tuna ?
A resposta é que esse homem arranja uns tostões - provavelmente pedidos a crédito naquelas finaceiras que cobram 27% T.A.E.G - e em vez de fazer o que qualquer pessoa com dois neurónios faria - comprar um carro novo ou um usado mais recente - não faz.
Não meus caros amigos, ele pega na massa e compra uma carrada de acessórios(?) o mais labregos possível e vai de “embelezar” o belo do Opel Corsa.
Ele são ailerons, jantes de liga leve, escapes psicadélicos, faróis de cores proíbidas pelo código da estrada, volantes manhosos, grelhas insanas e a indispensável pintura. Esta é uma escolha cirurgica, mas que normalmente recai numa cor que se destaque.
O rosa-choque é a preferida da maioria.
Deste modo, o carro fica a pesar mais uns 300 kg, a andar ainda menos do que já andava e a gastar ainda mais do que já gastava.
Mas o pop-chunga-tuna olha para ele embevecido como um campónio tarado com eles cheios, para a sua vaca charrolesa.
Não esquecer o indispensável sistema de som, capaz de debitar suficientes decibéis para suportar um concerto dos U2. A qualidade é indiferente.
É que uma das actividades preferidas dos pop-chunga-tunas é circular nas localidades com o vidro aberto e o volume no máximo.
Tipicamente, a música é sempre a mesma, qualquer que seja o pop-chunga-tuna e resume-se a um tchi-ki-pum, tchi-ki-pum, tchi-ki-pum com muitos graves.
Mas calma que não é tudo, falta o essencial, o créme de la créme, a cereja em cima do bolo: um autocolante no vidro traseiro, a ocupar toda a superfície dizendo: The Corsa Touch.
Honra às mulhers, nunca vi nenhuma pop-chunga-tuna.
Tugas de Hipermercado e pop-chunga-tunas, o que seria de Portugal sem eles ?
Alguém veio ter a este blogue procurando pela string “fodas caseiras em Alcácer do Sal”.
Realmente, a família do lado do meu pai é de lá e passei lá muitas férias e Natais, mas lamento informar que nunca lá dei esse tipo de foda ou de qualquer outro.
Women, can’t live with them, can’t live without them.
Se há coisa que sempre me sobressalta o espírito quando escrevo um e-mail, é quando tenho que fechar um parêntisis com o smiley :)
Deverei fazer, por exemplo:
(BTW, gostei muito da nossa rapidinha ontem no elevador :) )
ou
(BTW, gostei muito da nossa rapidinha ontem no elevador :)
Costumo utilizar a segunda, mas não me deixa completamente satisfeito (ao contrário da rapidinha :)
Aceitam-se sugestões, isto azucrina-me os emails.