aos que me seguem por feed readers

E que possam ler este artigo por outra via:

Viva,

Depois de mexericar e remexericar no código de um plugin de feeds e do próprio WordPress, a coisa chegou a tal ponto que primeiro deixaram de funcionar os links externos e os dos downloads. De seguida, as próprias leituras começaram a remeter para o 404 – Página Não Encontrada / Page Not Found deste blogue.

Como já tinha martelado de tal modo o código do WordPress, podendo vir a comprometer futuros upgrades, tive que remover completamente o plugin e repor o código original do software.

A questão, é que penso que mesmo assim isto vos continuará a dar problemas, muito provavelmente o tal 404.

Pelo que quem quiser continuar a seguir este blogue por um qualquer feed reader, terá que desubsecrever o feed e voltar a subscrevê-lo. Eventualmente, não será suficiente. Para resolverem definitivamente o problema, será necessário esvaziarem a cache/base de dados do vosso feed reader.

Desde já peço as minhas mais sinceras desculpas pelo incómodo. My bad, shame on me :(

Para quem me quiser perdoar esta trapalhada, o feed do blogue é:
http://www.apeadeiro.org/feed

Cumprimentos,
Mário Gamito

gran torino

Começo pelo fim: Gran Torino é um grande, grande filme. Acerca de (in)tolerância xenófoba; de como um ser humano pode, através de uma profunda raiva interior contra tudo e (quase) todos, ir aos poucos vendo que afinal somos todos iguais. Ao contrário do que li num blogue qualquer (já não consigo encontrar o link) não há no filme uma ponta de Dirty Harry. Este morreu e foi enterrado em Letters From Iwo Jima: na cena em que três ou quatro soldados americanos matam à queima roupa alguns prisioneiros japoneses que tinham à sua guarda, só porque não queriam gramar a seca de… os guardar. Paz à tua alma, Dirty.
E dá uma lição de humanismo a quem o vir, mantendo quase sempre uma postura arrogante, vinda de um trauma de guerra e da sua mui amada mulher, recentemente falecida. Passa do ódio ao que lhe é diferente à compreensão e ao afecto.
Clint Eastwood está enorme. Enche o filme. Os louros vão para ele enquanto realizador e actor.
A cada filme seu ultrapassa o anterior. Desde o Bird em 1988, que se tem feito a cada filme um maior realizador: Unforgiven, The Bridges of Madison County, Midnight in the Garden of Good and Evil, Mystic River e Million Dollar Baby são apenas alguns exemplos.

Não quero acrescentar mais para não ser spoiler, mas deixo-vos apenas uma pérola: após o (jovem) Padre ter insistido com o Walt (a personagem encarnada por Clint Eastwood) para que se confessasse, este responde-lhe:

And I confess that I have no desire to confess to a boy that’s just out of the Seminary.

E claro, o trailer :)

Finalizo pelo começo: Gran Torino é um grande, grande filme.

do no evil, right ?

http://www.google.com/intl/pt_pt/latitude/intro.html

Via Luís Silva @ mailing list interna do Planet Geek.

Comentários (como em “eu quero a minha privacidade”, por exemplo) ?

o monólogo com o bombom do vídeo

Aqui há dias, referi neste blogue o monólogo escrito pelo Shyamalan para o seu filme Signs e interpretado pelo Mel Gibson. NIMHO, deve ser o melhor que já tive o prazer de ver e ouvir. Ou não tivesse sido ele escrito por quem foi e o Mel Gibson se ter superado a ele próprio ao interpretá-lo (o gajo quando quer consegue ser brilhante, precisa é de um realizador que saiba puxar por ele). É simplesmente fabuloso:

People break down in to two groups. When they experience something lucky, group number one sees it as more than luck, more than coincidence. They see it as a sign, evidence, that there is someone out there watching out for them. Group number two, sees it as just pure luck, a happy turn of chance. I’m sure that people in group number two are looking at those fourteen lights in a very suspicious way.
For them, the situation is a fifty-fifty: could be bad, could be good. But deep down, they feel that whatever happens, they’re on their own and that fills them with fear.
Yeah, there are those people. But there’s a whole lot of people in the group number one. When they see those fourteen lights, they’re looking at a miracle and deep down, they feel that whatever is going to happen, there will be someone there to help them and that fills them with hope.
See, what you have to ask yourself is what kind of person are you ? Are you the kind who sees signs, sees miracles ? Or do you believe that people just get lucky ?
Or look at the question this way: is it possible that there are no coincidences ?

Quem quiser, pode sacar o vídeo do monólogo.

g33ks

7 months minus 1

dji

cinco filmes

Agora que aí vêm os Oscares 2009, e como ando sempre ao contrário, aqui vão as minhas estatuetas para a categoria “Melhor Filme De Sempre”. Podiam ser outros, claro, mas de momento foram os que me saltaram à ideia [1]:

  1. Blade Runner - Intemporal e quando assim é…;
  2. A Room With A View - Um olhar inglês de James Ivory com um Daniel Day-Lewis muito novinho;
  3. The Age Of Innocence - Tem alguma coisa a ver comigo, realizado por Martin Scorcese e uma das raras oportunidades de ver o Daniel Day-Lewis em acção;
  4. The Remains Of The Day - Sir Anthony Hopkins no seu melhor;
  5. Letters From Iwo Jima - A cada filme que passa, Clint Eastwood consegue superar o anterior.

[1]: Os protagonizados pelo Jim Carrey e realizados pelo Steven Spielberg ficam de fora da lista logo à partida.

o velho e sexista cliché

fodas caseiras em alcácer do sal (repost)

Alguém veio ter a este blogue procurando pela string “fodas caseiras em Alcácer do Sal”.
Realmente, a família do lado do meu pai é de lá e passei lá muitas férias e Natais, mas lamento informar que nunca lá dei esse tipo de foda ou de qualquer outro.

[Nota do repost]: Lá tive que repostar esta coisa: é que desde que escrevi originalmente este artigo há um ano atrás, até hoje é sempre o mais lido neste blog. *Nunca foi ultrapassado por qualquer outro*. Não que isso me incomode do ponto de vista do conteúdo e muito menos me agrade pelas visitas que possa atrair. Mas de algum modo, gostaria de pensar que fossem outros artigos que escrevi a estarem no top dos mais lidos e não este.

uma foto estranha e uma música [15]

Sozinho (Caetano Veloso)

invejo

Às vezes invejo não ser um joe user da Internet. Daqueles que a usam alegremente pensado que o Instant Messaging foi inventado pela Microsoft, se chama MSN e que não há outro; daqueles para quem o e-mail é só mais “uma página da Internet” que por qualquer razão misteriosa que desconhecem, lhes permite escrever a alguém usando um endereço esquisito com um caracter igualmente esquisito pelo meio; daqueles que vêem as maravilhas que o Google Maps permite e simplesmente as fitam em deslumbramento; daqueles a quem a chamam à World Wide Web de Internet; daqueles que simplesmente desfrutam dos prazeres que a Internet lhes proporciona, na “inocência” de não saberem quais as rodas dentadas que os fazem girar e de muito menos nessa sabedoria quererem estar interessados. É o prazer por algo que os transcende e que lhes é… mágico.
E deste modo, utilizam a Internet com uma luzinha sempre acesa no seu interior.

Porque é que eu os invejo ? Porque divertindo-me também na Internet com tudo aquilo que me proporciona, sei como tudo isso funciona (em maior ou menor grau consoante os casos, bem entendido). E quando aparece algo de novo também fico em deslumbre, sim. Mas ao mesmo tempo, dou por mim de imediato a magicar e a investigar como aquilo funcionará.
De nada me serve (em termos de prazer) saber que o Instant Messaging já existe há décadas no UNIX (talk) e que as implementações de hoje se baseiam exactamente no mesmo conceito. Claro que gráfico, enfeitado de emoticons, som, vídeo, partilha de ficheiros e o mais que se lembrarem de lhe acrescentar; De nada me serve (em termos de prazer), saber que o e-mail são protocolos e RFCs como o SMTP, IMAP, POP3 e demais; De nada me serve (em termos de prazer) utilizar algo que não me é transcendente, nem… mágico.
E, assim sendo, não se acende uma luzinha cá dentro como acontece com os tais joe users. Quando muito e às vezes, apenas um pequeno e fugaz brilho de uma qualquer estrela cadente que dura o momento de um fogo fátuo.

Outras vezes, invejo os condutores de empilhadoras pensando em quão divertido deverá ser conduzir aquelas “bombas”; outras vezes ainda, invejo os mestres da calçada portuguesa pela Arte de que são capazes; outras vezes e para terminar, simplesmente invejo os salários milionários dos administradores de duas ou três empresas para as quais tive o prazer de trabalhar :)

E é só isto.

[Aditamento]: A palavra “inveja” não é para ser levada ao pé da letra, como é óbvio. É apenas uma força de estilo e nada mais do que isso. Fica o esclarecimento.

em dedicação…

… aos 99% dos Internautas de hoje que não sabem o que é a netiquette.

pensamentos soltos sobre a tal de crise

Embora me considere uma pessoa informada sobre as questões mais importantes do momento (e no caso deste artigo trata-se da actual crise económica global) e procure sê-la por meios credíveis, não deixo de me considerar um leigo em matéria de Economia Global. E é nesta qualidade que vou mandar aqui as minhas (provavelmente erradas) postas de pescada sobre o assunto.
Dito isto, penso que o Governo não deve investir (pelo menos muito) a estimular/aguentar empresas a torto e a direito. Só nas  empresas estratégicas e apenas o essencial.
Penso de outro modo: que a única maneira de sair desta crise mundial e (re)salvar os empregos é gastar dinheiro.
Ora como as pessoas não o têm, terão que ser os Governos a fazê-lo. De preferência em obras públicas de grande dimensão e que uma vez passada a crise, sejam estratégicas para os países. No nosso caso, por exemplo o TGV, o novo Aeroporto, etc. Não excluindo o resto do país, a bem de uma outra mais-valia que seria uma mais justa distribuição de infraestruturas a nível nacional.
É que este tipo de obras gera milhares e milhares de empregos directos e indirectos rapidamente. Logo… mais emprego imediato → mais dinheiro a retornar à Economia → SS mais folgada → mais paz social, etc., etc., etc.
Já toda a gente em Portugal e em todo o mundo percebeu isto e já está a fazê-lo. A começar pelo Obama e a acabar no Sócrates.
Toda a gente, menos a Manuela Ferreira Leite (nem sei que smiley colocar nesta afirmação).
Acontece porém, que lendo os comentários às notícias das versões online dos nossos jornais (não por ter qualquer gosto em o fazer, mas para medir o pulso às massas), a tugolândia interpreta isto como estando o Sócrates a jogar dinheiro pela janela fora (com os tais TGV, novo aeroporto e outros) só por motivos eleitorais.
Convinha que a Comunicação Social (em especial os Telejornais da RTP, SIC e TVI) explicassem isto muito bem explicado e sem ser em  “economês” para que a tal tugolândia percebesse. Mas se calhar, estou a ser aqui um bocadinho naif :(
E sim, gosto tanto do Sócrates como de ir ao dentista sem anestesia [1]. Mas nisto, tenho que reconhecer que ele está absolutamente a fazer
aquilo que deve ser feito.

[Esclarecimento]: Não nutro qualquer empatia por nenhum dos nossos partidos políticos e muito menos pelo tipo de Democracia partidocracia em que vivemos neste país. Penso que as Democracias Ocidentais (e não só) necessitam urgentemente de se reinventar. Ou dito em “economês”, de encontrar um novo e mais adequado… modelo de negócio :)

[1]: Apesar de reconhecer que já fez muitas coisas boas. E se noutras boas falhou, muitas vezes foi porque tendo tido boas intenções, sempre foi obviamente um gajo muito mal assessorado (embora seja ele que escolhe os seus assessores). Um exemplo simbólico deste facto, foi aquando da apresentação do Plano Tecnológico Nacional (salvo erro foi aí), as crianças que o seguiam terem sido contratadas a uma empresa de casting. Não que tenha sido ilegal, mas também não é lá uma grande ideia do ponto de vista moral/ético para um Primeiro Ministro.

PS. Qualquer esclarecimento esclarecido (a redundância é propositada), será bem vindo.

sobre as vozes dos pink floyd

Assim de repente, dentro da música rock e pop (e nas suas diversas variantes), não estou a ver outra banda que não os Pink Floyd que tenha aproveitado o facto de os seus quatro membros saberem cantar a fim de extrair o máximo possível da sua música. Depois da fugaz liderança do falecido Syd Barret, o Roger Waters sempre foi o vocalista principal. Mas sendo ele mais um ditador do que um líder, teve também a visão (ou o egoísmo para seu próprio proveito) de saber reconhecer que algumas canções passariam bem melhor sem ele. Pelo menos parcialmente.
Vou dar alguns exemplos do que acabei de afirmar, sem qualquer ordem de prioridade. Se alguém quiser acrescentar mais alguns exemplos, fazer uma lista semelhante e/ou diferente, com ordem de prioridade ou discordar do que estou a escrever, etc. sintam-se à vontade:

  • O Time nunca teria sido a canção que é sem o David Gilmour no estribilho e o Richard Wright no refrão;
  • O Comfortably Numb nunca teria sido a canção que é, desta vez com o Waters no estribilho e o Gilmour no refrão;
  • O Dogs nunca teria sido a canção que é se não tivesse sido interpretada em repartilha pelo Waters e pelo Gilmour;
  • O Fat Old Sun nunca teria sido a canção que é se não tivesse sido cantada unicamente pelo Gilmour;
  • O Echoes nunca teria sido a canção que é se não fossem as vozes do Gilmour e do Wright;
  • E finalmente – e para não tornar esta lista mais extensa – o Have a Cigar nunca teria sido a canção que é se não tivesse sido interpretada por alguém… exterior à banda: o Roy Harper. Aquele amigo e velho companheiro de estrada do Gilmour e com quem este participou nalguns dos seus projectos. Como por exemplo no belíssimo The Unknow Soldier (que também dá o nome ao álbum) com o Gilmour na guitarra acústica e o Harper na voz. Se não conheceres, saca que vale bem cada segundo que passares a ouvi-la. E por esta lista me fico que já estou a variar :)

Claro que podem argumentar que se as coisas tivessem sido diferentes (leia-se: o Waters nunca ter aberto a mão da sua voz, por exemplo), também as canções nunca teriam sido o que são – para melhor ou para pior. Concordo. Porém, atrevo-me a pensar que o ponto deste artigo é claramente óbvio para qualquer *verdadeiro fã* da banda. Mas hey, também posso estar enganado.
Se me perguntassem qual a minha voz preferida, talvez hesitasse entre a rouca, bem afinada e de forte ataque da do Gilmour e a melodiosa, igualmente afinada mas com muito pouco ataque da do Wright. É uma escolha difícil (ainda mais dificultada pela enorme diferença – no bom sentido – dos respectivos timbres), mas talvez fosse pela do Gilmour. Dos três, sem sombra de dúvida que o mais limitado na voz é o Waters.
Mas também, e correndo o risco de me contradizer, os fabulosos Pigs On The Wing (Parts I and II) sem o Waters a só na voz, não teriam sido… fabulosos.

PS. Porque é que os Pink Floyd devem o seu som característico praticamente por inteiro à guitarra do Gilmour, fica para outro dia.

PPS. Houve outras bandas que tendo tido os mesmos recursos (leia-se: vários dos seus elementos a saber cantar e bem), não seguiram a IMHO inteligente escolha dos Floyd. Por exemplo, nos Genesis, além do Peter Gabriel (enquanto ele lá esteve até ao The Lamb Lies Down On Broadway em 1974), tinham o Phill Collins, o Michael Rutherford, o Anthony Banks ou até o próprio Steve Hackett a saber cantar e bem. Mas foi sempre o Peter Gabriel o dono da bola da voz da banda.

PPPS. Quer-me cá parecer que este blogue está a ficar um bocado prò pseudo-intelectualóide. Tenho que sacar brevemente da manga um qualquer “artigo hard core” sobre Linux (as in Linux server) e/ou software que nele corra :P

hasta siempre, comandante

Esta canção foi composta, letrada e (primeiro) interpretada por Carlos Puebla em 1965 como resposta à carta de despedida de Che Guevara aquando da sua saída de Cuba. Desde esse ano até hoje, teve inúmeros covers interpretados pelos maiores nomes da música. A letra remete para pontos chave da Revolução Cubana, glorificando os feitos do Comandante. Esta canção de Puebla está para a música, como a foto de Korda para a imagem: ambas são icónicas da mesma pessoa.
Pensem o que quiserem do Dr. Ernesto [1], a questão não é essa. Mas lá que poucas são as canções tão belas, sentidas do fundo do coração e dedicadas a alguém como esta, lá isso são. Saca a versão original do Puebla. A mais simples, mas ao mesmo tempo a única que tem o direito de reclamar a tal coisa de ser sentida do fundo do coração.

Aprendimos a quererte
desde la histórica altura
donde el sol de tu bravura
le puso un cerco a la muerte.

Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.

Tu mano gloriosa y fuerte
sobre la historia dispara
cuando todo Santa Clara
se despierta para verte.

Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.

Vienes quemando la brisa
con soles de primavera
para plantar la bandera
con la luz de tu sonrisa.

Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.

Tu amor revolucionario
te conduce a nueva empresa
donde esperan la firmeza
de tu brazo libertario.

Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.

Seguiremos adelante
como junto a ti seguimos
y con Fidel te decimos:
hasta siempre Comandante.

Aquí se queda la clara,
la entrañable transparencia,
de tu querida presencia
Comandante Che Guevara.

[1]: Fica aqui prometido escrever um artigo o mais imparcial que me for possível sobre El Che. Mas até lá, esperem sentados para que não vos doam as pernas. Porque vai ser daqueles dos grandes que demoram imenso tempo a investigar e a escrever. E tempo, é o meu bem mais escasso :(

momento zen [20]

ponham os olhos aqui, empresários tugas

Há pouco tempo e por razões que não interessa aqui explicar, tive mesmo que utilizar um programa chamado WinAvi Video Converter para Windows da ZJMEDIA. Havia outros que faziam igual tarefa, mas tinha mesmo que ser este. Não interessa agora – outra vez – saber dos porquês. Basicamente o que faz, é converter vídeos de uns formatos para outros. Até aqui, nada de especial.
Como não sou adepto de piratear software só porque sim, e porque gosto de pensar que as pequenas software houses que criam bons produtos merecem o pouco que pedem por eles para não irem ao fundo e poderem continuar a lançar produtos de qualidade  em benefício de todos, fui ao site ver quanto custava: a bagatela de 29,95 USD. Que uma vez cambiada para euros, mais bagatela se tornou ainda. Lá o paguei online. Após imediata confirmação do meu cartão estar nas devidas condições, recebi um e-mail com as instruções para o descarregar e o código de registo, coisa que fiz. De seguida, instalei-o, utilizei-o e não pensei mais no assunto da compra.
Eis senão quando, passados somente 3 ou 4 dias – e para meu grande espanto – me cai na minha caixa do correio um envelope em cartão duro, com um CD lá dentro contendo o software e impresso na respectiva face, o meu nome e o meu respectivo código de registo.
Agora… quando e se voltar a necessitar de algo que haja por todo o lado e que eles também tenham, já sei a quem vou bater à porta. Ou dito por outras palavras, fidelizaram um potencial e futuro cliente com este gesto.
Como bombom, deixo aqui a forma como eles fizeram. Se não tiverem imaginação ou vontade para fazer melhor, ao menos façam igual.
Empresários tugas, ponham aqui os olhinhos. É que são estes pequenos (mas ao mesmo tempo grandes) detalhes que muitas vezes fazem toda a diferença. E não pensem que eles ficaram a perder dinheiro. Mas vocês devem saber disto melhor do que eu.

quanto vale não saber inglês nestes tempos

acto falhado ?

Ou fugiu-lhe a língua para a verdade ?

seguindo blogs por leitores de feeds

Nunca gostei de seguir blogs por leitores de feeds. Já o fiz uma vez por uns dias só para que numa qualquer vez em que precisasse, poder argumentar com conhecimento de causa e não só por não gostar das cores das gravatas dos leitores :)
E passo então a explicar porque não  gosto:

  1. Porque, antes de mais e no meu entender, um texto e/ou uma imagem não valem por si só. Precisam de um suporte que os sustente de modo adequado ao conteúdo. É como um quadro. Por muito bom e bonito que seja, precisa sempre de ter uma moldura adequada. Ou como uma câmara digital que por muito boa que possa ser, não tem a magia do *verdadeiro som* do disparo de uma SLR de rolo (quando muito, tem um som de fancaria). Sim, estou a falar daquele provocado pela abertura e fecho do obturador e do levantar e baixar do espelho invertido.
    Voltando aos blogs, também se pode aquilatar da sua qualidade pelo seu layout. Pelo menos até certo ponto, atenção. Ou seja, se eu visitar um blog interessante, mas o layout tiver paletes de cores a concorrerem entre si a ver qual é a primeira que me consegue provocar danos na retina; se tiver carregado de botõezinhos para tudo quanto é site social e afins, etc. (em resumo, de péssimo gosto, kitsch e parolo), fico um bocado a meditar na contradição. Aqui, muitos bons blogs ainda têm muito a aprender com muitos bons jornais;
  2. Por outro lado, os leitores de feeds, invariavelmente levam-me a adicionar a torto e a direito blogs atrás de blogs, acumulando centenas de artigos que não vou ter tempo de os ler a todos. E os que vier a ler, continuarão a ser ainda muitos. E logo, hei-de lê-los inevitavelmente na diagonal. É o que eu chamo de fúria desenfreada de absorção de informação. Que leva… a zero de informação com custos associados relativos a perda de tempo que é o bem mais escasso nos dias que correm. Quod erat demonstrandum;
  3. Pelas razões atrás apontadas (e outras de somenos importância), tenho a minha dúzia de blogs que visito mais ou menos diariamente e que me chegam perfeitamente. Porque está lá o que me interessa saber e são bons como um todo (texto + imagens + layout) e não só numa das partes. E quando neles estiver um qualquer link para um artigo de um qualquer blog que desconheça, clico nele, leio-o e guardo-o aqui numa pastinha só para esse efeito, nos bookmarks do meu Firefox.

E tu, pá ? Qual é a tua experiência acerca de leitores de feeds ?

PS. Tenho que actualizar o meu blogroll.

ficam já avisados

virus in unix

This article was written by Paulo Laureano Santos.
To whom I thank for allowing me to publish it in my blog.
Please, read also the note following the article.

A recurrent question that many, many people – namely non-UNIX users – pose is why there are no viruses for Linux.

This small article, intends to shed some light on the subject and reveals that no, Linux/UNIX systems are not necessarily immune to viruses.

User space: most viruses wouldn’t be able to hide from the eye of a conscious administrator (whether at the filesystem level or running processes), but could be able to replicate themselves using services to which the user has access to (shared disks, remote areas accessible through FTP, NFS, SSH, etc.). There is no technical reason to prevent such a virus from being written. No, you don’t need a “proof of concept” to know this, so don’t bother.

Assuming a properly configured computer, with no known local vulnerabilities which would allow it to scale privileges (and this in UNIX means user/group 0) it is hard for a virus to invade the kernel space where it could do greater damage and stay hidden from the administrator for a longer period of time. Unfortunately, I don’t know a single UNIX system that doesn’t have local vulnerabilities in its default install. Even OpenBSD is not immune from that kind of hazard and it stands for the past five years without any known remote vulnerabilities in the default out-of-the-box installation. And this by itself means nothing since local administrators will have to change the default setup in order for the server to do anything remotely useful.

Assuming (once more) that a common security problem is a reality in a significant group of systems (whether through a common daemon or a distribution), this would allow a virus to scale its privileges to root level, and then nothing prevents its longevity and replication capabilities to be similar to the ones found on Windows viruses. UNIX is less vulnerable (in particular because it uses an “all or nothing” security approach than Windows), but it’s not immune.

Long before Code Red, we had worms using remote vulnerabilities of BIND or Sendmail both typically running with root privileges.

Assuming (again) that a UNIX worm or a virus scale to root it potentially has a greater stealth capability in UNIX than in Windows… the potential to be a kernel module or to insert itself in the kernel source code (which inevitably will be compiled in active systems with maintenance, if nothing else to apply security patches). These areas are off limits for Windows viruses.

The greatest UNIX defense is the differences amongst them. The difficulty in creating replication methods that targets the UNIX universe (a universal buffer overflow is explored in different ways in different systems, when it is at all, even assuming the universality of its existence), in having vulnerable systems with identical configurations (i. e., a vulnerable named can run in various setups; chrooted, suid to bind to the port).
The difficulty resides in creating replication methods that targets the UNIX universe (an universal buffer overflow is exploitable in different ways for different systems, when it’s exploitable at all, even assuming the universality of its existence), having vulnerable systems with identical configurations (i. e., a vulnerable “named” can run in various setups; chrooted, as root or with user privileges suid-root just to bind to port 53).

In short: the potential for the existence of UNIX viruses is real. The complexity and plurality of its flavors doesn’t help virus writers though. The versatility of systems will play in favor of the virus creator once the privileges had been scaled. Someone that gains access to the cvs/source of a big project that when executed (almost all daemons) has root privileges, or the kernel source tree, may surprise everybody if it inserts the virus code at that level, before being released to the world. If not detected on before release time, and the distribution comes out, both the signature and CRC will be correct.

Paulo Laureano Santos.

Digg this.

[Note]: This article is based on and adapted from a original text comment placed on a portuguese web forum by the same author (Paulo Laureano Santos) and translated by myself (Mário Gamito). He has kindly done so – back in 2002 – as both per my request and under his own terms.
The translation process can affect the original text and/or the sense of the author’s meanings, although I’ve done my best to prevent this from happening. And at the same time, trying to stay as close as I possibly could to the original. Meaning the later, the author’s writing style.

The views and opinions herein expressed are those of the author’s and do or do not necessarily reflect mine’s.
I’m publishing them here and now just for the sake of the debate (to whom it may interest).

qualidade da música et. al

Música é Arte. Música é Cultura. Mas antes destas duas, é entretenimento. Serve para as pessoas que a ouvem, gozarem do prazer que lhes proporciona. IMHO, tanto se diverte uma pessoa que ouça uma canção do Toy como eu a ouvir As Quatro Estações do Vivaldi. Costuma dizer-se que gostos não se discutem. Na generalidade, se isto é mesmo assim, não faço ideia nem quero fazer. Mas na música, penso que não são mesmo de se discutir.
No entanto, há a considerar a qualidade intrínseca da música. Como é óbvio, neste particular, a música do Toy está para a do Vivaldi como o olho do cu para o farol da Barra. E aqui inverto o meu raciocínio inicial, correndo o risco de me contradizer. É que embora o divertimento seja o mesmo nos dois casos, a riqueza superior de música de qualidade (leia-se bem composta – incluindo as quebras às técnicas de composição, que muitas vezes originam do melhor que a música tem –, bem executada, cantada por uma boa voz se for o caso, etc.), não só entretém, como educa a audição. Abrindo-nos as portas para um mundo novo e de novos sons. E aqui sim, dando uma volta à Terra em sentido contrário, chegamos à Arte e ao enriquecimento cultural.
Talvez devido à formação musical superior que tive, sempre que ouço alguma música pela primeira vez, não consigo evitar estar em tempo real a analisá-la do ponto de vista da composição. Mas mutatis mutandis, a música não precisa de ser complexa para ter a tal qualidade intrínseca, assim como o melhor guitarrista não é necessariamente aquele que consegue “solar” mais depressa, mas o que consegue sacar da guitarra um solo que faça sentido em relação à melodia que lhe está por trás (um caso paradigmático do que acabei de escrever, é o primeiro solo do David Gilmour na canção Comfortably Numb – o que vem imediatamente a seguir ao primeiro refrão).
O álbum The Pros And Cons Of Hitchhiking [1] do Roger Waters, está quase todo escrito em Lá m, Dó M, Fá M e Sol M (muito próximo até da chamada harmonia perfeita – Dó M, Fá M e Sol M). No entanto, a qualidade do álbum é de um nível absolutamente superior e as canções soam-nos distintas umas das outras. Como é que o gajo faz isto ? Não sei, mas sei porquê: é um excelente musico. Claro que o facto de o guitarrista (convidado) do álbum ser o Eric Clapton, deve ajudar um bocadinho :)
Portanto, nisto da música, há muitas variantes e contra-variantes. E a música não é um mundo, é um universo e para mais além ainda. Ouçam a música que quiserem e bem vos apeteça, mas se for da boa (:P), tanto melhor.

[1]: Depois do álbum Animals dos Pink Floyd, o Roger Waters queria que o seguinte fosse o The Pros And Cons Of Hitchhiking que até já estava em tape, tal como o The Wall. Foi por um triz, que o álbum mais conhecido deles tenha sido mesmo o The Wall e não o outro que depois aproveitou para seu primeiro álbum a solo depois de se ter separado da banda.

o futuro presidente do sporting

Agora que o Soares Franco está de malas aviadas e anda toda a gente em palpos de aranha para ver se consegue encontrar um novo presidente à altura da forma de estar no desporto do meu querido Sporting Clube de Portugal, venho por este meio propor a candidatura do meu filho à presidência:

E passo a explicar as razões:

  1. Tem o requisito referido na introdução do artigo;
  2. É um Sportinguista de alma e coração por dentro e por fora;
  3. É um Sportinguista que sendo orgulhoso na vitória, é também humilde na derrota e não ama o clube pelos títulos ou pela falta deles. É um adepto diferente de um clube que se orgulha (e com toda a razão) de ser também diferente;
  4. É o 4º de uma linhagem de Sportinguistas: o bisavô paterno, o avô, eu e ele. Muito know-how às riscas verde e brancas naquele DNA :)
  5. É associado desde o dia em que nasceu [1], com cartão e cotas em dia (antes que me chamem de taradinho da bola, o “culpado” foi o meu pai);
  6. É determinado, persistente e alcança sempre os objectivos a que se propõe sem atropelar ninguém durante o percurso;
  7. É amigo do seu amigo;
  8. É culto e inteligente;
  9. Tem um blog que não engana ninguém só de olhar para ele :)
  10. É poupado, nunca pede nada e sabe ver as relações qualidade/preço (leia-se: não vai esbanjar dinheiro do clube ao desparrame em jogadores da treta, muito menos por os ver só num vídeo apresentado pelos respectivos empresários);
  11. E finalmente, corta a direito quando é necessário e sem intransigências quando estão em causa valores mais elevados do que os seus próprios e individuais. Por isso, com ele na presidência, não vai haver cá birras de jogadores, estes a fazerem a cama ao treinador, nem revoltas de balneário. Basta ver pela foto quão determinado ele é :)
  12. Por tudo isto: sim, ele pode.

Antes que julguem que este artigo é a sério (LOL :), não, não é. Embora o que escrevi sobre ele seja verdade.
E acho muito giro (não sendo eu um adepto ferrenho), quando ele tiver apenas 25 anos, eventualmente vir a receber o seu Leão de Prata. Seria uma história para ele contar aos seus netos :)

[1]: O Sporting escusava era de lhe ter enviado aos 6 meses de idade uma carta propondo-lhe comprar um telemóvel, “com o layout do clube”. Alguém lá no departamento de Marketing devia ter estas coisas em atenção.

acerca de mulheres bonitas

Andy McDowell

Daryl Hannah

Uma Thurman

Muitas vezes, o tópico de discussão numa roda de nós homens, é a beleza das mulheres. Uma que passou por nós na rua. Outra que é empregada do café onde estamos, etc.
Mas muitas vezes mais, é sobre a beleza das actrizes. Bem, para mim, uma mulher bonita não é só aquela que tem um palminho de cara e um corpo como se tivesse sido esculpido pelo Miguel Ângelo. É uma que tenha um je ne sais quoi. Um je ne sais quoi numa mulher, é isso mesmo: algo que ela tem mas que não se consegue exprimir por palavras. Só se sabe que é de uma beleza rara e estando para além do standard do tal palminho e da respectiva escultura.
Para mim, estas três senhoras, encaixam perfeitamente na categoria do je ne sais quoi.
A minha preferida é a Andy :)

o poder do unix

Estava eu ontem à noite na caminha e com um olho já no sono e o outro a caminhar para lá, quando toca o telemóvel.
Lá peguei nele, olho para o visor e era um amigo meu que já não via há uns dois ou três anos.
Depois da conversa introdutória habitual (leia-se pôr o peixe minimamente em dia), lá muito atrapalhado me disse que estava numa encrenca com o seu site pessoal que estava a fazer e se não me importava de lá ir a casa para lhe dar uma mãozinha. Lá fui. É para isso que os amigos servem, afinal. Mesmo não estando em causa tirar ninguém da forca àquelas horas :P
A encrenca era que o meu amigo estava a fazer um site enorme a correr em Linux/Apache só em HTML estático (é um curioso interessado, mas ainda um bocadinho verde). Já tinha mais de cem ficheiros .html e lá dentro montes de links de uns para os outros, como é natural. Entretanto, decidiu aprender PHP para fazer umas flores e queria mudar a extensão dos ficheiros todos de .html para .php bem como nos links dentro deles. Começou por fazer ficheiro a ficheiro em Windows, mas depressa percebeu que seria tarefa para anos.
Ok meu, isso não custa nada:

Mudar a extensão dos ficheiros:
$ for x in *.html; do mv $x `basename $x .html`.php; done;

Mudar a extensão dos links internos de .html para .php com o bombom adicional de guardar um backup do original com a extensão .orig:
$ perl -pi.orig -e ‘s@.html@.php@g‘ *.php

Deve ter levado menos do que 1 minuto, só o tempo de pensar com as mãos e teclar simultaneamente.
O meu amigo ficou embasbacado (embora isto seja na verdade UNIX scripting completamente básico), desfez-se em palavras que não conseguia quase articular, pediu-me para ficar um bocado na conversa e beber um copo, mas eu estava a precisar mesmo era de voltar para casa e deixar-me cair nos braços de Morfeu.
Agora desafio um administrador de sistemas Windows a  fazer a mesma coisa, no mesmo tempo e com a mesma eficiência.

Don’t fear the power of UNIX.

[Actualização]: Não vale usar PERL nem REN que é um comando do MS-DOS. Só as ferramentas Windows que vêm bundled num Windows Server ou as que se podem sacar do site da Microsoft.

sobre a qualidade dos pilotos portugueses

Se há repórter televisivo português que admiro, o Luís Costa Ribas da SIC é um deles. Deve ter sido dos primeiros a manter um blog em situações de guerra, relatando o seu dia-a-dia. É óbvio que não é pelo blog que o admiro. No entanto, usa um estilo muito particular de escrever. E agora relacionar o que escrevi com a qualidade dos nossos pilotos (neste caso os militares): em 2006, esteve a cobrir a guerra Israel vs. Líbano já na fase em que a ONU estava metida no meio dos dois. E aqui ficam duas citações do que escreveu:

8 de Agosto de 2006:
“O telefonema veio no domingo à noite, a duas horas do fim das minhas férias. “Camarada, Beirute amanha à tarde?”, pergunta o sub-director de informação José Gomes Ferreira. Como dizer que não a uma proposta que parece um convite para jantar?

E segunda-feira à tarde lá embarquei para Beirute, com o repórter de imagem Rui Florido. Para grande surpresa nossa, viajamos em classe executiva - alguém na secção de finanças vai ser amarrado ao pelourinho e flagelado.”

10 de Agosto de 2006 (o bold é meu):
“Os deuses devem estar loucos, por não me terem impedido de trocar um lugar na executiva da British Airways por um banco de lona num Hércules C-130 da Forca Aérea Portuguesa (FAP). Mas foi assim que, hoje, saímos de Beirute a caminho de Chipre. Podíamos ir de carro até Damasco, dormir lé, e chegar a Lisboa terça-feira, ou aproveitar a boleia da Força Aérea e chegar a Lisboa um dia mais cedo. Viemos com a FAP, mas ficamos em Chipre mais um dia porque o avião português tem que regressar a Beirute uma vez mais, a pedido da ONU.

A tripulação é de cinco estrelas. E quero dizer que prefiro voar com o tenente-coronel Azevedo Santos e a sua tripulação do que em algumas companhias aéreas em que tive a desdita de me deslocar.

Esta opinião é partilhada pelos nossos colegas de viagem - quatro jornalistas portugueses que acompanham a missão humanitária da FAP: Patrícia Fonseca e Inácio Ludgero (Visão), Fernanda Cachão (Correio da Manhã) e Paulo Nuno Vicente (Antena Um).

Para que conste, são estes os membros do Esquadrão de Transporte 501, comandados pelo ten-cor. Azevedo Santos: capitão João Meira, tenente Manuel Bravo, e sargentos Francisco Correia, Orlando Barreto, José Silva, Ricardo Cruz, José Fernandes e Luís Cachulo.

Como sinal da nossa gratidão, prometemos pagar-lhes o jantar ou a conta do bar no hotel aonde pernoitamos em Limassol. Os órgãos de comunicação social portugueses não costumam pagar contas de bar nem grandes jantares, mas pouparam o suficiente com esta boleia para não serem sovinas…”

Se alguém tiver curiosidade em ler o resto desse blog (não são muitos artigos), IMHO vale bem a pena pela estilo tão solto, informal e ao mesmo tempo da grande qualidade da escrita. Ainda está aqui.

uma rant engraçada sobre o emacs

O Emacs seria um excelente sistema operativo se tivesse um editor de texto decente.

[Disclaimer]: Este artigo é altamente biased. Eu jogo pela equipa do vi :)

ó tap, não esperava isto de ti

Um avião Airbus 330 da TAP foi obrigado a fazer uma aterragem de emergência no aeroporto brasileiro Viracopos, em Campinas, a 60 quilómetros de São Paulo, no passado sábado, por falta de combustível.

O aparelho fazia uma ligação de longo curso entre Lisboa e São Paulo - Aeroporto Internacional de Garulhos - e viajava com 218 passageiros e 12 tripulantes na altura do incidente.

O comandante da TAP informou a torre de controlo de Garulhos de que estava com problemas de combustível e poucos minutos depois, às 18h17 (hora local, 20h17 em Lisboa), aterrava no Aeroporto Internacional de Viracopos, onde reabasteceu e pôde continuar a viagem até Garulhos, a cerca de 60 quilómetros.

A TAP confirma o episódio, mas desmente a falta de combustível. Reconhecendo que a autonomia do Airbus 330 se situa próximo dos limites para uma extensa ligação entre Lisboa e São Paulo, António Monteiro, director das Relações Públicas da companhia, disse ao Expresso que, neste caso, “o mau tempo no aeroporto de Garulhos condicionou a aterragem de diversas aeronaves”, que foram obrigadas a permanecer no ar mais tempo do que era esperado.

Segundo a mesma fonte, na altura em que nível de combustível do avião da TAP se aproximava rapidamente da reserva, o comandante do aparelho, “por questões de segurança”, tomou a decisão de rumar a Viracopos, reabastecer e regressar mais tarde a Garulhos, à semelhança do que fizeram outros aviões.

Todos estes procedimentos provocaram um atraso de três horas na chegada a São Paulo.

Fonte.

A TAP é uma das companhias nacionais mais pequenas do mundo. Mas pelo seu historial de segurança; por os seus pilotos estarem entre os melhores do mundo também (talvez por muitos terem sido pilotos militares que estão também entre os melhores que há); pelos seus próprios standards de segurança internos que em muito ultrapassam o mínimo exigido pelas leis internacionais de aviação comercial; e por muitos outros motivos ainda, a TAP é ao mesmo tempo uma das companhias mais reconhecidas e prestigiadas internacionalmente. Basta olhar para as (penso que 16) companhias com as quais tem acordos.
E assim sendo, pergunto-me como é possível que faça o que está escrito atrás: utilizar um avião numa viagem transatlântica que tem uma autonomia a rasar pelos cabelos a distância da rota que tem que percorrer até ao destino. Reparem que por ter sido obrigado a andar às voltas em sobrevoo devido ao Aeroporto de Garulhos estar debaixo de mau tempo (situação que acontece todos os dias em todo o mundo), se não houvesse outro muito próximo onde pudesse aterrar, o que é que poderia ter acontecido ? Pergunto eu na minha ignorância.
Eu não sou piloto de aviação e portanto posso estar errado nas minhas sustentações, mas o bom-senso diz-me que isto me parece não ser lá uma grande ideia.
Resta-me a consolação da honestidade pública da TAP. Mas se um dia houver um azar com estas práticas, pode muito bem haver muita gente que não vai ter qualquer consolo através de qualquer honestidade.

Autonomia do Airbus A330 da TAP: 12000 km, segundo a sua própria informação.
Velocidade de cruzeiro do mesmo avião, ainda segundo a TAP: 930 km/h.
Rota da ligação Lisboa-São Paulo, outra vez de acordo com o a informação da TAP.
Distância em linha recta entre Lisboa-Portela e São Paulo-Garulhos: ~ 8000 km. Ver aqui.

Ora considerando o arco da rota que podemos ver no site da TAP e a velocidade de cruzeiro do A330, as coisas parecem-me ser mesmo o que são e também o que a TAP diz serem.
Digo eu como um leigo: podem usar um dos vossos 4 Airbus A340, mas como a sua autonomia é só de mais 1300 km em relação ao A330, parece-me que vai dar praticamente no mesmo. Se calhar é melhor fazerem uma escala para reabastecimento se vos for possível alterar a rota lá pela entidade que as regula. Se não for, deixem de voar para lá. Pelo menos com os vossos próprios aviões.

Se cometi algum erro nas minhas deduções e respectivas implicações, apresento desde já as minhas mais sinceras desculpas públicas à TAP.

PS. Nota sobre os links da TAP. Por estarem as respectivas páginas em Flash para serem mais eye candy, não dá para linkar directamente. Têm que navegar pelos menus  até encontrarem as informações que estão neste artigo. Mas também não é difícil.

o meu (não) artigo sobre o presidente obama

Não vou escrever um artigo sobre a tomada de posse do (agora) Presidente dos EUA, Barack Obama. Só iria dizer por outras palavras, tudo o que já foi escrito por essa web fora. Prefiro daqui a um ou dois anos fazer a minha análise desse período do seu mandato.
Mas se não vou escrever agora sobre o novo Presidente, escrevo sobre o antigo. Só para lhe agradecer a única coisa positiva que fez pelo mundo em 8 anos: ter saído do Capitólio meia hora mais cedo do que o previsto. Durante a viagem, se tiver tido uma réstia de vergonha na cara, deve ter-se ido enfiar num buraco qualquer no meio do deserto. E espero que tenha ido pela sombra porque a merda ao Sol cheira mal, como se costuma dizer na minha terra.

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