dexter revolutions
Socorro, já vi a segunda série toda e não tenho mais para ver. Estou com o cold turkey.
Alguém conheçe os “Dexters anónimos” para ver se me curo ? Podem deixar a morada em comentário.
Obrigado,
Um agarrado.
Socorro, já vi a segunda série toda e não tenho mais para ver. Estou com o cold turkey.
Alguém conheçe os “Dexters anónimos” para ver se me curo ? Podem deixar a morada em comentário.
Obrigado,
Um agarrado.
Eu não gosto muito de covers. É verdade que há algumas bem feitas e que a intenção original é homenagear alguém de cuja música se gosta. Mas a maior parte delas, são pretenciosas, assim a modos que “Estão a ver ? Era assim que a música devia ter sido feita”.
Mas algumas não, “olha, sou só uma cover, não quero ser mais do que isso”. E estas são as boas.
Acho que toda a gente conheçe o I Don’t Want To talk About It celebrizada pelo Rod Stewart. A verdade é que ela própria já é uma cover do Danny Whitten, mas o mundo conhece-a como sendo do primeiro. Na voz e arranjos dele é uma pastelice, de um romantismo peganhento e bacoco, boa para cinquentonas solteiras e carentes. Mas ficou famosa.
Os Everything But The Girl (de quem eu gosto especialmente), também fizeram uma cover da mesma canção há muitos anos atrás e vejam a diferença. A primeira está na voz da Tracey Thorn (espectacular), a segunda está nos arranjos. Mais simples não podiam ser, vivem de duas guitarras acústicas: uma Folk de cordas de aço que faz o dedilhado e uma clássica, com cordas de nylon obviamente, que vai improvisando e faz o solo. E é precisamente nesta última que está a magia desta cover. Sempre escondidinha, tipo “eu não estou aqui”, mas está. E faz toda a diferença de uma canção xaroposa para um British Pop agradável.
I Don’t Want To Talk About It, by Everything But The Girl
Actualização: Por acaso há uma cover que gosto mais do que o original: a que a Maria João fez do Wake Up Dead Man dos U2.
Conheci a música da Suzanne Vega logo no princípio da carreira dela em 1986 através da Jacinta. Qual Jacinta, perguntam vocês ? Aquela que é a agora a nova estrela do Jazz português. Ainda cheguei a tocar com ela nalguns projectos e namorava com a irmã nessa altura. Somos todos da mesma terrinha e idades, o mundo é pequeno.
Bem, um dia eu estava para ir ao Porto e a Jacinta pediu-me para procurar lá um disco que tinha acabado de sair de uma tal de “Suzanne Vegar”, tinha-o ouvido na rádio e não havia nas discotecas (as in lojas de discos) de aveiro. Bem, lá fui e encontrei-o logo na Valentim de Carvalho na 31 de Janeiro. Também fiquei a saber que era “Vega” e não “Vegar”.
Curioso, pedi para ouvir. Foi directo à cabeça, trouxe um para mim também.
Desde então que nunca mais deixei de comprar os seus discos e não me perdôo por ela ter vindo tocar a Aveiro durante o Euro 2004 e eu não ter ido vê-la, mas não pude mesmo.
Considero a Suzanne Vega a mais importante cantautora (compositora, letrista e cantora) surgida no último quartel do Séc. XX. Com várias influências do Folk ao Jazz, passando pelo Rock, construiu uma música única e inconfundível. Ela diz que a sua maior influência é o Lou Reed. Boa influência, sem dúvida.
Aliás, ele viria a escrever-lhe uma canção - Left Of Center - apenas editada no seu único álbum de colectâneas e no DVD do concerto que deu no Festival de Jazz de Montreux em 2004.
A música e as palavras delas são intimistas sem serem sorumbáticas ou fechadas sobre si mesmas. As palavras revelam-nos um mundo que ela construiu. Provavelmente a Licenciatura em Literatura Inglesa ajudou, mas o talento é inato.
É timída. A primeira vez que veio a Portugal para um concerto em Lisboa, o Mário Soares ainda era Presidente e seu admirador. Convidou-a para a receber no Palácio de Belém. À despedida, no segundo andar, ia sair por uma janela com a atrapalhação. Valeu-lhe no último instante a intervenção de um acessor. Isto contado pelo próprio Mário Soares numa entrevista à SIC Notícias.
Norte-americana, mas antes disso nova-iorquina, é tal como Woody Allen e outros que sobressaem pela sua intelectualidade inata nas artes em terras do Tio Sam, muito mais apreciada e acarinhada no velho continente do que na sua terra natal.
A cada álbum novo que sai, vai reinventando o som das suas canções sem nunca perder o Norte da sua sonoridade característica. Sonoridade essa, que tem muito que ver com a sua voz doce (mas não delicodoce), límpida e clara. Adepta da guitarra acústica, são raras as canções nas quais não aparece.
Os seus maiores êxitos comerciais são provavelmente Luka e Tom’s Dinner do segundo álbum, mas tem uma enorme legião de seguidores por esse mundo fora. Sem ser uma super-estrela, também não é underground. É uma daquelas raras artistas a quem eu compro cada novo álbum sem ouvir primeiro, simplesmente sei que não me vai desiludir.
Como curiosidade, é internacionalmente conhecida como sendo the mother of the MP3, pois foi com o seu tema Tom’s Dinner que os ensaios do desenvolvimento do formato que viria a mudar o mundo foram feitos.
Ficam aqui três canções:
The Queen And The Soldier :: Ironbound Fancy Poultry :: Left Of Center
Só calço daqueles sapatos pretos de pala com dois berloquelinhos à betinho dos anos 80 (nesses anos eu era mesmo um betinho).
Sapatilhas, só Adidas Stan Smith, infelizmente acho que já não se fazem as Nastase.
E pronto, estou no trabalho à espera que uma compilação demorada termine, olhei para os pés e resolvi blogar esta inutilidade.
Não, vou tentar não escrever sobre o que ele disse acerca de Angola ontem em Lisboa. Where’s the news ?
O Embaixador angolano retirou-se da sala (era a sua obrigação), mas curiosamente não proferiu qualquer declaração de repúdio pelas suas afirmações até agora. Cheira-me que vamos ter substituição na Embaixada em Lisboa dentro em breve. Quanto a quem o convidou, rejeitou-o depois com a justificação de que as suas afirmações eram injuriosas. Pois, money talks and shit walks, right ?
Para a próxima convidem um qualquer ex-presidente dos EUA (excepto o Carter) que não vos vai fazer passar vergonhas e embaraços.
Estamos conversados e não venham dizer que Angola é um problema para o povo angolano resolver, porque não se protesta de barriga vazia.
Bem, adiante que nada do que ele disse sobre o assunto é novidade para ninguém.
Disse outra coisa muito importante e que afecta mais do que Angola, toca a 850 milhões de pessoas com fome no mundo. Disse ele (e cito de cor) que se vamos meter os alimentos nos depósitos dos nossos carros, o que é que vamos comer ? E disse muito bem.
O Relator Especial da ONU para o Direito à Alimentação já há tempos que grita que os bio-combustíveis são um crime contra a humanidade. Outras instâncias internacionais e peritos de todo o mundo, dizem o mesmo.
A desculpa de que é mais uma maquinação dos grupos ambientalistas radicais não pega desta vez.
Após ter escrito aqui ao fim de oito episódios da primeira temporada que o Dexter não era uma grande série, mudei de opinião. E a mudança deu-se ao nono ou décimo quando ficamos a saber quem é o assassino do camião frigorífico, sem que o Dexter ainda saiba. De mestre, esta tirada. Daí até ao final da série é sempre a abrir.
A segunda temporada promete, com a descoberta dos sacos com os corpos das pessoas que matou no fundo do mar e o FBI mesmo na cara dele a investigar. A produção e a direcção de actores também melhorou a olhos vistos.
Num comentário ao artigo anterior, um leitor escreveu: “Mas no seu todo a serie está genial, pela caracterização de algumas personagens, pela historia principal que se desenvolve e pelo despudor pouco habitual, para series de TV.”
Realmente, é um ponto interessante. Uma séria de televisão americana feita com violência, sangue e montes de fuckings e mother fuckers, é uma pedrada no charco.
Depois de ter feito o Curso de Oficiais Milicianos na Escola Prática de Infantaria em Mafra, fui para Tomar para uma Companhia operacional pertencente à Brigada Mista Independente, na altura a força afecta por Portugal à NATO.
Lá, fazia dois serviços: Oficial de Piquete ao Regimento e Oficial de Dia ao Batalhão (Oficial de Dia era só para os Oficiais do Quadro Permanente). Nesses dias usava a pistola Walter de 9 mm, devidamente carregada com munições reais. Serviços na tropa não é faz-de-conta.
Antes das 9 da manhã, que é quando é o hastear da bandeira e a rendição dos serviços, ia buscá-la ao armeiro, preenchia e assinava o talão, e no dia seguinte à mesma hora ia entregá-la e trazia o talão comigo – única prova de que de facto tinha entregue a arma.
Um dia, num serviço que começou à sexta-feira e terminou portanto às 9 da manhã de Sábado, com a pressa de ir para casa (ninguém nunca deu tanto valor ao fim-de-semana como quem andou na tropa obrigado), entreguei a pistola e saí a correr sem o talão.
Só “me bateu” passadas umas horas em casa. “Estou feito”, pensei, o armeiro vai queimar o talão, sair alegremente do quartel com uma arma de guerra do Exército dentro do saco e eu vou passar os próximos 30 anos na tropa, a maior parte dos quais… preso.
A minha primeira reacção foi pedir aos meus pais o carro para ir rapidamente de Aveiro a Tomar, mas eles acharam que eu não estava em condições. Então lá me lembrei que um Primeiro-Sargento do QP da minha Companhia com quem me dava especialmente bem, tinha entrado de serviço nesse dia. Telefonei-lhe a pedir que fosse o mais rápido possível buscar-me o talão para mo dar na segunda-feira. E assim foi. Correu tudo bem, uff!
Do que esta cabeça de 21 anos com alho choço anos se safou, ‘da-se.
Europa Ocidental, milhões de pobres, de desempregados, preços dos combustíveis e bens alimentares na estratosfera, exclusão social.
O Governo português já veio “tranquilizar-nos” dizendo que não planeia racionar os cereais. Faz-me lembrar aqueles votos de confiança que numa semana os presidentes da bola dão aos treinadores para os despedirem na semana a seguir.
Os nossos Generais na reserva já começam a fazer ouvir-se. Enquanto forem eles, não se passará nada. Quando forem Capitães e Majores no activo, vai ser diferente.
Nos Estados Unidos, as coisas não estão nada melhores. A vida está cara como o fogo por causa da guerra, a gasolina está a preços que os americanos nunca sonharam e há o problema das hipotecas das casas.
Deixem lá atear-se um rastilho numa qualquer cidade da União Europeia (provavelmente françesa ou de Leste) e vai ser ver o fogo alastrar a todo o lado.
Ou isto arrepia caminho muito rapidamente ou vamos a caminho de revoltas sociais graves e violentas, reprimidas em nome da mantutenção da ordem nos Estados Democráticos.
Se não me engano, vamos mesmo direitinhos à 3ª Guerra Mundial. Nem que seja dos biliões de pobres contra os milhões de ricos.
Vá, agora comentem a rir-se do que eu escrevi.
PS: Este artigo era para ser mais elaborado, mas estou cansado já. Fica o essencial.
Além do Dexter, vi os quatro filmes da série Saw de enfiada, porra que no fim fiquei com uma dor de cabeça lixada.
Sinceramente, não sei o que me atrai nestes quatro filmes série B. Nem sequer são o meu estilo. Mas têm qualquer coisa que deixa um gajo colado ao ecrã. A produção não é bem série B, é bem feita, a fotografia é boa e adequada e a realização não compromete, mas não são filmes de génio.
Como ponto negativo, aí a partir de meio do terceiro, os argumentistas já não sabem o que fazer à história.
Vêem-se, venha o Saw V.
Este foi um fim-de-semana para a cueca, como se costumava dizer na tropa [1], completamente dedicado ao descanço passivo, leia-se pôr a jogatana da PlayStation e alguns DVD em dia.
Começei a ver o Dexter, vou no oitavo episódio da primeira série. Não sei será por me terem gabado tanto a série, mas estava à espera de melhor.
A produção é muito fraquinha, mesmo prò pelintra, mas também não é por aí, já muito grande filme se fez com meia-dúzia de tostões (e. g., Pulp Fiction).
O actor principal é fraquinho, o cerne da história rapidamente se esgota e se não fosse a história do assassino do camião frigorífico a manter algum interesse, era como o CSI: vê-se um, viram-se todos.
Muitos furos abaixo de House, 24, Prison Break, Lost, Roma…
Mas bem, não é completamente negativa e passa-se um bocado do fim-de-semana com o cérebro a trabalhar a meio gás.
[1]: Contrariamente ao que possam pensar, esta frase não tem nada que ver com sexo. Ohhh :(
Quer dizer não fazer nada.
Dia do trabalhador, feriado em todos os países do mundo, excepto em um, os EUA.
Acho que eles devem considerar ser-se comunista comemorar tal dia.
Actualização: Os EUA comemoram o Dia do Trabalhador, sendo feriado também, na primeira segunda-feira de Setembro. Fica aqui a correcção como muito bem apontaram alguns comentadores. As minhas desculpas.
Definitivamente, os quiosques estão a dar em termos de DVD.
Ontem fui a um e vi um de um filme do Quentin Tarantino e do Robert Rodriguez que desconhecia – Aberto Até de Madrugada (From Dusk Till Dawn). Com o Tarantino como actor (e argumentista), mais o George Clooney e olá, o Harvey Keitel. O Rodriguez é o realizador. Preço no autocolante: 1,50 euros.
— Olhe, sff., este DVD custa mesmo um euro e cinquenta ou é engano?
— Sim, custa.
— Quero levar também. Já agora, porque é que está a este preço ?
— Porque vêm com os jornais, há sempre pessoas que não os querem e eu coloco-os à venda pelo preço que os jornais pedem a mais por eles.
— Tem aí mais que eu possa dar uma olhada ?
É o que vos digo amigos, os quiosques estão um maná para bons DVD a preços de uva mijona.
Gosto muito de Lisboa. Adoro passear no Chiado naqueles Sábados com uma luz que só Lisboa tem. Adoro o rio. Qual pacóvio provinciano que sou, adoro passar na ponte 25 de Abril, só para desfrutar da beleza da vista. As pessoas são muito simpáticas e prestáveis.
Mas estou cheio do centralismo dessa cidade que subjuga o resto do país.
Quando foi o referendo da regionalização, votei não com toda a convicção. Porque Portugal é um Estado-Nação; porque é um país pequeno demais para ser retalhado; por causa dos velhos e novos caciques mais respectivos poderes acrescidos, tachos, despesas e todos esses argumentos.
Mudei de ideias: venha novo referendo que eu voto sim de caras. Estou farto de ter que ir trabalhar para Lisboa se quiser ganhar aquilo que as minhas qualificações e experiência merecem, que as decisões que afectam o país todo provenham do Terreiro do Paço, que se enterrem biliões em novas estradas, túneis e sei lá que mais e quando lá vou, a merda é sempre a mesma, se não pior. Estou farto de todas as exposições, espectáculos e demais ofertas culturais serem um exclusivo de Lisboa. Estou farto de os políticos, assim que assentam arraiais em Lisboa, se esquecerem de onde vieram (já alguém ouviu algum político do Norte com sotaque quando está em Lisboa ?). Da fantochada das listas eleitorais para as legislativas, da qual o exemplo mais gritante é precisamente o Paulo Portas por Aveiro, mas não é o único.
Cheguei à conclusão de que não somos um Estado-Nação. Somos um Estado-Cidade.
Venham os círculos uninominais, já.
Quero ter um dia por mês que seja, para ir pedir contas do trabalho que os “meus” deputados estão a fazer na Assembleia da república.
Quero que enquanto se constroem e projectam em biliões de euros mais pontes para Lisboa, a da minha terra não seja remendada in-extremis.
Quero que os espectáculos subsidiados pelo Estado sejam obrigados a fazer uma digressão pelo país.
Quero que seja uma qualquer Assembleia a decidir as prioridades para a minha região e não um gajo qualquer que está em Lisboa e que nunca cá veio ver as modas nem conhecer as realidades.
Os Portuenses mais antigos, dizem que o Salazar mandou construir a Estrada da Circunvalação para que o Porto não pudesse cresçer mais e ameaçar Lisboa e já começo a acreditar que se calhar, têm razão.
Vem este artigo a propósito de uma razão mais do que comezinha: o filme Blade Runner ter voltado ao grande ecrã na sua versão final e a província, mais uma vez, ter ficado a ver navios [1]. “Pá, em Lisboa ainda enchemos uma sala ou duas, na província vai ser só prejuízo, que se lixem”. Vão-se quilhar, conhos lisboetas, tenho muita pena de não o ter podido rever no cinema, mas revi-o em DVD no meu plasma.
A razão é realmente comezinha, mas fez-me escrever isto que tinha engatilhado há muito tempo.
[1]: Corrigam-me se estiver enganado, mas se sim, o artigo vale na mesma. Não é por causa do filme.
Aka, o Cavaco de saias, aka a Dama de Ferro portuguesa.
Tenho que começar por obviamente admitir que é até agora a personalidade mais credível para o PSD e o país e provavelmente aquela que no final vingará. Manuela Ferreira Leite lembra aos militantes do PSD o Cavaco, o Cavaco lembra 10 anos de poder absoluto e isso pesa. Mas isto é estarmos a especular na área das emoções.
Partindo eu do princípio que realmente vai ganhar as eleições no PSD (já li algures que é uma lebre para o Rui Rio, mas não acredito que se prestasse a tal papel), resta saber se serve o país.
Tenho da senhora uma imagem de credibilidade, honestidade na coisa pública, frontalidade e verticalidade.
Mas parece-me que não é de Manuela Ferreira Leite que o país precisa. Conforme disse um dia o próprio actual Presidente da república, “a mesma água não corre debaixo da mesma ponte duas vezes”. E Manuela Ferreira Leite é mais Cavaco. Ou um Cavaco reloaded.
Mas o problema maior para o PSD em eleger a Sra. para dirigir o partido, nem são estas elocubruções. É o Sócrates ter ocupado o espaço do centro-direita, deixando o PSD completamente sem iniciativa política. O que o PSD precisa agora é de alguém que se preocupe com a economia e finanças do país (obviamente), mas também de tantas questões sociais e sociológicas que estão pendentes na nossa sociedade. Digamos que forçar o PS a voltar-se um pouco para o seu lugar, reganhando o PSD o seu.
Não me parece que seja Manuela Ferreira Leite a pessoa mais indicada para esta tarefa.
Peguemos na orbital mais simples, a 1s, do atómo mais simples, o de hidrogénio, com um núcleo constituído por um único protão e um electrão na sua “órbita”.
Diz-nos a teoria das orbitais atómicas que nunca podemos saber com exactidão onde está o electrão, porque não podemos calcular com 100% de certeza a sua posição e velocidades simultâneamente (princípio da incerteza de Heisenberg). Só podemos falar em densidade de probabilidade, i. e., podemos dizer que há zonas em torno do núcleo nas quais é muito mais provável do que outras de lá termos o nosso electrão. Para as orbitais “s” esta densidade toma a forma de uma esfera envolvendo o núcleo [1].
Porém, todavia, contudo, e segundo o modelo, existe sempre uma probabilidade, maior do que zero, de o electrão estar em qualquer ponto do Universo. Existe mesmo um probabilidade – infinitesimal, mas não nula – de o electrão se encontrar no infinito em relação ao seu núcleo.
É mais ou menos a situação em que o Alberto João Jardim se encontra. A sua probabilidade de conquistar o PSD e depois o país, é da mesma ordem de grandeza de encontrarmos realmente o electrão num ponto infinito em relação ao seu núcleo. Isto é, o mais próximo possível de zero.
“Ah, mas a probabilidade existe, é infinitesimal mas não nula, acabaste de escrever isso”. Pois acabei e com a política, as equações tomam mais variáveis e estas são em número superior aquelas, logo, são irresolúveis.
A acontecer tal catástrofe, teríamos um português a governar Cuba, mas nós Cubanos, não esquecemos El Comandante En Jefe por dá cá aquela palha :)
Não há perigo e não fosse a política portuguesa a pobreza franciscana que já é, até gostava de o ver à frente do PSD, era circo garantido a abrir os Telejornais todos os dias. Mas pensando bem, acho que não gostava. Faria mal ao país.
[1]: Há orbitais mais complicadas, nalgumas o electrão pode mesmo estar num sítio e noutro, mas não no espaço entre eles. Mas o modelo das orbitais moleculares é isso mesmo: um modelo matemático que até agora é o que explica melhor o comportamento dos electrões nos átomos e até que apareça alguém com outra ideia melhor, esta funciona. Mas isto não é um artigo de Química-Física.
Alguém que tenha a caridade de oferecer um espelho a este homem, ou então é a brilhantinha que lhe ofusca a vista.
É um aparatchick. Nothing to see here, move along, move along…
Salgueiro Maia
O TinyMCE que é o editor visual que vem com o WordPress 2.5, centra os elementos usando:
<p style=″text-align: center;″>
É assim mesmo que deve ser. O problema é que alguns agregadores e leitores de feeds, não reconhecem esta sintaxe e assim, os elementos que estão centrados nos blogues, aparecem encostados à esquerda nesses sistemas.
Uma solução que encontrei, foi editar o ficheiro wp-admin/js/editor.js e mesmo por cima da linha:
// Pretty it up for the source editor
Colocar:
content = content.replace(/<p style=″text-align: center;″>/g, ‘<p align=″center″>’);
Ok, eu sei que este <p align=″center″> já está um bocado deprecated, mas funciona a 100% em todos os browsers, nos blogues, agregadores, etc. e em todos os leitores de feeds.
Fica aqui para quem possa interessar.
Já que estamos numa de animação, aqui vai um artigo que escrevi no meu antigo blogue sobre o filme The Corpse Bride de Tim Burton. Na altura, “blogava” em inglês. Meninos e meninas que acham très chic escrever na língua de Shakespeare e depois o fazem pessimamente fazendo figuras de urso(a) – há excepções – aproveitem para aprender alguma coisa. Sim, tenho um mau feitio do catano, especialmente com a pacovice auto-presumida.
I was never very fond of this new generation of animation movies. I only liked Nemo and The Ice Age 1 (2 sucks), and the rest is garbage. Point is, computer animated movies all look the same. You’ve seen one, you’ve seen them all. But then, out of the blue, came this wonderful movie - The Corpse Bride - by Tim Burton, made in stop motion animation. The entire movie was shot frame by frame with a Canon EOS-1 photographic camera.
The story is simple but touching; the voices are wonderful, especially Johnny Depp’s and Cristopher Lee’s. The light is smooth and beautiful, both in itself and as a mean to separate the world of the living from the world of the dead. The music is also magnificent and a very important part of the movie. I especially like Victor’s Solo Piano. If you’re a pianist, you can listen to it here and practice along with the tablature here. It’s very easy to play, yet very melodic.
The story chronicles the misadventures of a young man from the bourgeoisie who is supposed to marry a daughter of a broken noble family. As he fails the wedding rehearsal and goes out for a walk in the woods, he meets… the corpse bride.
An amazing movie. If you never watch it or even heard about, run like hell to your video store.
Comparar o The Bee Movie da DreamWorks com o Ratatouille da Pixar é, como se diz na minha terra, comparar o olho do cu com o farol da Barra.
Onde no primeiro existe uma animação sem alma nem nada que nos faça dizer “wow”, no segundo, cada plano é um regalo para a vista. Em The Bee Movie a animação não tem detalhe, é pobre e o argumento é mais do que sofrível e idiota. No Ratatouille, a animação é talvez a melhor que já vi (excepto a de The Corpse Bride, mas essa não é CGI) e o argumento está muito mais bem conseguido e interligado com a imagem.
Na cara da abelha não há emoção, expressão de qualquer sentimento, na do rato, bem, está tudo lá.
A abelha é de plástico fancaria, o rato é de peluche.
Eu bem digo que onde o Spielberg entra, sai merda.
PS. Não conto aqui com o Horton Hears a Who!, pois só o facto de ter a voz do Jim Carrey, é suficiente para não o querer ver.
Eu até sou fã da Airbus, mas confesso que o Boeing 787 Dreamliner me enche as medidas em termos de design.
Este avião, numa das suas três configurações, a 787-9, pode transportar até 290 passageiros com uma impressionante autonomia de quase 16000 km a uma velocidade de 1040 km/h. Isto só é possível graças à eficiência conseguida no consumo – a fuselagem e as asas são construídas em material compósito e a Rolls-Royce conseguiu motores 8% mais económicos - o que faz com que este avião consuma no total, menos 20% do que os restantes na sua categoria.
Corram:
# cat /var/log/secure* | grep -o “from .* port” | awk ‘{ used[$2]+=1} END { for (x in used){ if (used[x]>10) { print x, used[x]}}}’| sort -n -r -k 2
Estes são os meus resultados de uma máquina minha. E os vossos ?
Um lolipop a quem adivinhar o que isto faz. Não é dfícil :)
70.84.133.226 1359
220.227.54.156 952
200.27.193.6 300
212.96.170.51 168
89.171.128.2 100
195.43.5.3 82
192.168.0.100 35
85.183.17.8 11
O PSD é um partido de poder. Ok, todos os partidos são de poder, mesmo o BE com os deputados que tem, é um partido de poder, tem poder de influência, pode participar nas sessões da Assembleia, tem os holofotes dos media, etc.
A questão é que o PSD só sabe ser um partido de poder, não sabe estar na oposição. Quando se encontra nesta situação, é o desnorte.
O PSD é um saco de gatos, cabe lá dentro desde o agricultor do interior até ao industrial do Norte mai-lo seu Ferrari. Cabe lá uma pessoa do calibre do Ângelo Correia até essa aberração da natureza que é o Alberto João Jardim. Dir-me-ão que é a prova de que é um partido do povo e abrangente. Até certo ponto, concordo.
Só que enquanto oposição, para quem vê de fora, o saco retorce-se todo com a cambada de gatos que anda lá dentro à bulha. É preciso é que o partido chegue ao poder e para isso, há que garantir que seja alguém capaz de o levar lá, independentemente das suas ideias ou da falta delas. No final, haverá lugar para todos em nome da união do partido.
Num aparte, não compreendo como é que o Dr. Luís Filipe Menezes se licencia em Medicina com uma nota brilhante, tira uma das mais difíceis especialidades – neurocirurgia – também brilhantemente, de tal modo que vai fazer uma pós-graduação no melhor hospital oncológico de Inglaterra, todos lhe auguram uma carreira brilhante, quiçá na investigação e acaba como um político populista (embora sério, reconheço).
Se alguém souber como se deu esta transição, deixe em comentário, que foi uma coisa que sempre me deixou perplexo. Mas tudo bem, como se costuma dizer, “cada um sabe de si e Deus Nosso Senhor de todos”. É uma opção dele.
Também não compreendo como o PSD ao elegê-lo voltou a cair na asneira de ter um líder sem assento na Assembleia da República. E, pior ainda, como fica o Santana Lopes à frente do grupo parlamentar. O mesmo que já provou do que (não) é capaz e que num dia tem um gesto nobre (embora calculado, na minha opinião) ao deixar uma entrevista à televisão a meio e noutro elogia o Fascista trafulha do Berlusconi.
Temos ainda umas aves raras, do género do Ribau Esteves, que é da minha terra (a mulher dele e a minha ex até são amigas). O percurso dele foi Jota » Presidente da Concelhia de Ílhavo » Presidente da Câmara de Ílhavo (por total demérito do seu antecessor) » Presidente da Distrital de Aveiro » braço direito do Dr. Menezes. Pelo meio, tirou a inevitável licenciatura na UTAD. O que sabe um homem destes do país real ?
Agora que se contam espingardas para a eleição do novo Presidente, aparece um de quem nunca ninguém ouviu falar, mais o Pedro Passos Coelho (mais um político profissional que nunca fez outra coisa na vida), a Manuela Ferreira Leite e, eventual e novamente o Dr. Menezes, numa tentativa de reganhar a presidência e acabar com as constantes rasteiras de que tem sido alvo desde que foi eleito (nisso, dou-lhe toda a razão).
Reduzindo ao que interessa, não creio que o Dr. Menezes seja o líder que o PSD e o país precisam. Não lança uma ideia, um projecto de fundo para o país, está descoordenado com o grupo parlamentar e, se voltar a ganhar, vai continuar a ser bombardeado, embora com menos exposição. Mas nunca se sabe, na Figueira da Foz, o Cavaco também era para queimar enquanto os barões se degladiavam até à próxima eleição e depois foi o que se viu.
Quanto à Manuela Ferreira Leite – a Dama de Ferro à portuguesa – parece-me mais um Cavaco reloaded. Serve o PSD, mas não o país. Contudo, tem a seu favor o facto de ter a possibilidade de juntar uma equipa de nível muito superior a qualquer uma do Dr. Menezes, o que não é dispiciendo e já há uma desistência a seu favor.
Seja como for, depois do que disse do Dr. Menezes, só tem mais é que se chegar à frente.
Parece-me que a melhor opção para o PSD e por maioria de razão para o país, pois o Sócrates precisa de quem lhe meta um freio, seria o Rui Rio. Não me parece é que ele esteja para se queimar nesta fogueira de vaidades. Provavelmente, está à espera que o partido se espete em 2009 para aparecer.
É triste, porque o país precisa de uma oposição séria que só pode vir do PSD. O PCP e o BE por omissão votam contra tudo e todos e o CDS há muito que é um circo.
No meio de tudo isto, o Sócrates nem precisa de se esforçar para ganhar as próximas legislativas. Basta continuar a fazer o seu trabalho e a contar com o apoio do Presidente.
E assistir de longe com um sorriso.
PS. Já aqui escrevi que não voto há quinze anos e não tenho partido, não já ?
Esforço, Dedicação, Devoção E Glória, Eis O Sporting